O presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal, o vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) afirmou que é “estranho” o pedido de cassação do vereador Chico 2000 (PL) por suspeita de corrupção, uma vez que, além dele, o vereador Sargento Joelson (PSB) também foi alvo da mesma operação policial. O pedido de quebra de decoro parlamentar foi protocolado pelo ex-juiz, advogado e ex-candidato a vereador pelo PT, Julier Sebastião, que atuou na defesa da ex-veredora cassada Edna Sampaio (PT). Magalhães falou do assunto nesta terça-feira (06.05).
Chico e Joelson foram alvos da Operação Perfídia, que investiga o suposto pagamento de propina na obra do Contorno Leste, em Cuiabá, em 2024. Na época, Chico era presidente da Casa e teria facilitado o esquema.
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Jornalistas questionaram Eduardo se o pedido era seletivo, já que Julier foi advogado da ex-vereadora Edna Sampaio (PT), cassada por se apropriar da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete de forma ilegal. Na época, Chico foi responsável por dar andamento ao processo, o que acabou transformando os dois em desafetos políticos.
“Pelo que vi pela mídia, é um pedido um tanto seletivo já que envolve duas figuras e ele só cita uma. Também é baseado no que se diz respeito, pelo que vi, pelo que saiu na mídia. Está na mão da Procuradoria da Casa para deliberar a respeito”, falou.
Muitos viram a ação como vingança de Edna, já que no dia da operação a ex-vereadora publicou eu seu Instagram que 2025 é ano de Xangô, orixá das religiões de matriz africana, que representa a justiça. “Que toda canalhice seja revelada e canalhas sejam punidos. Grande dia”, disse Edna.
“Eu não posso afirmar, mas é um tanto quanto estranho eles direcionar (SIC) para um e não para outro ou para os dois. Acho que isso pode até prejudicar a deliberação. Mas eu não vou fazer juízo que diz respeito a isso, não sei qual problema pessoal existe entre os dois. Então não vou entrar no mérito”, falou Eduardo Magalhães.