O salário dos servidores de Cuiabá deverá ser pago no próximo dia 10 de janeiro. Foi o que anunciou o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), nesta segunda-feira, 6 de janeiro, em coletiva de imprensa.
Abilio anunciou que no dia 10, a Prefeitura de Cuiabá vai ter R$ 105,1 milhões no caixa, o que vai permitir a quitação integral da folha.
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“A gente só terá dinheiro no caixa para pagar equivalente à folha, que é quase R$ 60 milhões, no dia 10. O dinheiro caiu no caixa para pagar, vamos pagar. Não vou parcelar o salário do servidor, não vamos escalonar o salário do servidor. Não vamos fazer nada disso”, disse
Em coletiva à imprensa realizada na sede do Palácio Alencastro, Abilio enfatizou que o município conta com as transferências constitucionais do Estado e da União e recursos provenientes de tributos próprios para pagar o funcionalismo público.
Abilio também reforçou que o compromisso de sua gestão é garantir o pagamento do funcionalismo público sempre respeitando o intervalo de 30 dias.
Conforme dados da equipe econômica, em dezembro o salário deverá ser pago dentro do mês trabalhado.
"Queremos o pagamento dentro do mês trabalhado. Isso será alcançado a partir do equilíbrio das contas públicas, o que demanfa tempo. Não consigo neste momento efetuar duas folhas de pagamento. Se a Prefeitura de Cuiabá pagar duas folhas salariais neste momento, não vai conseguir pagar pelos serviços de educação, saúde e coleta de lixo", concluiu.
Na sexta-feira (04), Abilio decretou situação de calamidade financeira em Cuiabá após se deparar com um déficit financeiro na casa do meio bilhão de reais, aliado a uma dívida que ultrapassa R$ 1,6 bilhão.
No documento divulgado, Abílio afirma que Emanuel Pinheiro (MDB) deixou apenas 6% do valor necessário para quitar a folha de pagamento dos servidores.
Ao assumir como prefeito, Abilio Abílio criticou seu antecessor por não ter quitado a folha salarial dentro do mês trabalhado. O novo prefeito ressaltou que essa seria a primeira vez que vê um gestor sair do Alencastro sem quitar os salários, deixando para seu sucessor a tarefa de pagar duas folhas salariais dentro de um mesmo mês.
Contenção de danos
Para tentar "estancar" o dano aos cofres públicos, Abílio estabeleceu uma série de medidas emergenciais com a meta de reduzir as despesas em 40%. Entre as medidas estão a renegociação de contratos, a revisão de licitações e a criação do Comitê de Ajuda Fiscal para equilibrar as contas da capital.
"Os órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta deverão reavaliar, em especial:
I - licitações em curso e aquelas a serem instauradas para aquisição de bens e contratação de obras e serviços, com o fim de reduzir os gastos e ajustá-los à disponibilidade financeira e orçamentária;
II - contratos em vigor, objetivando a análise da essencialidade e da economicidade da contratação", conclui o documento