Após análises no corpo do trabalhador Dinalto Machado Lopes, de 53 anos, encontrado morto em uma zona de mata em Tapurah (389 km de Cuiabá) foi revelado que ele não morreu por um ataque de onça. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) do município identificou cortes no tórax e nas costas causados por arma branca.
“Lesões diferentes de uma lesão que seria causado por um animal silvestre, o punho dele tinha um corte perfeito, um corte muito preciso, tinha sinais e lesões de defesa [...] não havia lesão no crânio e normalmente quando o animal silvestre ataca ele acaba lesionando o crânio”, revelou a perita.
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Os peritos explicaram que foram ao local atender uma ocorrência de um ataque de onça, mas perceberam que os ferimentos não se pareciam com o padrão de um ataque de animal silvestre. Ao olharem o chão do local, perceberam que havia sinais de uma possível luta.
No local em que estava a maior concentração de sangue não havia sinais de garras e nem pegadas do animal, mas sim uma tentativa de esconder o sangue com alguns galhos.
ENTENDA
Um trabalhador identificado como Dinalto Machado Lopes, de 53 anos foi morto após ser atacado por uma onça na manhã do dia 24 de abril, em uma fazenda localizada na comunidade Portal do Borges no município de Tapurah (389 km de Cuiabá). Ele consertava uma cerca quando foi supostamente atacado pelo animal.
De acordo com as informações do investigador da Policia Civil, Cleomar Campos, a vítima foi encontrada por uma pessoa que saiu à sua procura. Ela encontrou rastros e os seguiu, encontrando o corpo em seguida. O homem apresentava sinais do ataque na cabeça e teve parte de uma das mãos arrancada.
A vítima ainda foi arrastada cerca de 300 metros do local onde ele estava. O animal queria levar o corpo para a beira do rio, mas acabou não conseguindo porque ele ficou preso a um cipó no meio do caminho.
O local foi isolado para ser feita a perícia e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames de necropsia.