Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, soldado da Polícia Militar de Mato Grosso, irá a júri popular nesta quarta-feira, 28 de maio, por uma tentativa de homicídio cometida contra um adolescente em 2018, na Avenida General Melo, em Cuiabá. O julgamento ocorrerá poucos dias após ele ter assassinado a esposa, Gabrielle Daniel de Moraes, de 31 anos, com três tiros dentro de casa, no último domingo, 25 de maio.
De acordo com o Ministério Público (MPMT), o crime contra o jovem aconteceu na noite de 23 de junho de 2018. Na época, a vítima, identificada pelas iniciais W.V.S.C., então com 17 anos, caminhava com dois amigos quando avistou Ricker discutindo com uma mulher na rua. Segundo os autos, ao ver que os jovens olhavam na direção da briga o policial sacou uma arma e gritou: “O que vocês estão rindo? Vaza, vaza”.
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Os adolescentes correram, mas Ricker os perseguiu. Quando estavam distantes, ele atirou pelas costas, atingindo o quadril da vítima. O adolescente passou por cirurgia de emergência, mas ficou com sequelas permanentes, incluindo a perda parcial da sensibilidade e controle da bexiga, o que o obriga a usar uma sonda para urinar.
O MP denunciou o policial por tentativa de homicídio com motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de pedir que ele seja condenado a indenizar o adolescente pelos danos físicos e emocionais.
Feminicídio e histórico de violência
O soldado da Polícia Militar de Mato Grosso Ricker Maximiano de Moraes assassinou a esposa Gabrieli Daniel de Sousa a tiros na tarde deste domingo, 25 de maio, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Após o crime, o militar fugiu com a filha do casal em direção a Várzea Grande.
Algumas horas após o crime, ainda no domingo, Ricker se entregou na delegacia e foi preso no Batalhão da Rotam.
A motivação do crime ainda é desconhecida e o caso ganhou grande repercussão neste domingo por também uma interferência de policiais militares colegas de Ricker que teriam pegado a arma usada no crime antes da chegada da equipe da DHPP.