Há mais de 40 dias, a cuiabana Ana Fernanda Batista vive o drama de tentar repatriar o corpo do filho Alleyxssonn Migguell Batista Dias de Souza, de 26 anos, assassinado dentro de um presídio no Chile, onde vivia há cerca de sete anos. Natural de Mato Grosso, o jovem foi morto a facadas em 11 de junho após uma briga em uma cela na cidade de Cauquenes.
Sem saber que o filho estava preso, Ana Fernanda soube da morte por meio de um amigo e, depois, teve a confirmação do consulado brasileiro. Desde então, busca apoio das autoridades brasileiras para trazer o corpo de volta a Cuiabá, mas enfrenta falta de respostas e obstáculos burocráticos. O translado foi orçado em R$ 24 mil — valor que a família, em situação de vulnerabilidade, não tem como arcar.
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Mesmo após o presidente Lula alterar um decreto, em junho, permitindo que o governo federal custeie a repatriação de brasileiros mortos no exterior, o Itamaraty ainda não respondeu ao pedido feito pela Defensoria Pública da União (DPU), que acompanha o caso.
“Já são mais de 40 dias. Eu não tenho vida. Só quero enterrar meu filho com dignidade”, desabafa a mãe, que afirma estar emocionalmente debilitada e sem condições de manter a esperança diante da demora. A DPU reiterou o pedido ao governo federal nesta semana e aguarda uma resposta. Enquanto isso, o corpo do jovem mato-grossense segue em um necrotério no Chile.
Informações do Metrópoles