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Economia Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 07:02 - A | A

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EMBATE NO AGRO

Tarifa dos EUA sobre a carne brasileira pode chegar a 76% e inviabilizar exportações

Imea avalia que aumento da tarifa dos EUA não deve afetar exportações de carne bovina de Mato Grosso, já que EUA compram pouco daqui

Maiara Max

Repórter | Estadão Mato Grosso

A tarifa adicional de 50% sobre as importações de carne bovina brasileira, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai se somar à já existente de 26%, elevando o total para 76%. Com isso, a participação do Brasil no mercado norte-americano - segundo maior comprador da carne bovina nacional - deve ser severamente afetada. O alerta foi divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em boletim publicado no dia 21 de julho.

No primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos foram o destino de 13,69% do volume total exportado de carne bovina pelo Brasil. Porém, Mato Grosso, o maior estado produtor do país, destinou apenas 7,20% de suas exportações ao mercado americano no mesmo período, o que demonstra sua baixa dependência dos EUA.

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"Apesar da tarifa adicional de 50%, Mato Grosso é pouco dependente dos EUA (em exportação de carne bovina), já que conta com um mercado externo bem diversificado", diz o Imea, no boletim.

Segundo o Imea, essa diversificação abre espaço para que Mato Grosso redirecione suas vendas a outros mercados que já importam carne bovina brasileira, minimizando os efeitos da retração esperada nas exportações para os Estados Unidos. 

Por outro lado, os EUA dependem do Brasil para cerca de 30% do total de carne bovina importada, o que pode levar o país a buscar fornecedores alternativos, como Austrália, Argentina e Uruguai. Esses países, entretanto, costumam praticar preços superiores aos do Brasil, o que pode acarretar em custos mais altos para o consumidor americano e pressionar a cadeia de abastecimento local.

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