A operação Parasita, deflagrada nesta sexta-feira (5), desmantelou uma organização criminosa liderada por Luciano Mariano, o “Marreta”, que coordenava um grande esquema de tráfico de drogas de dentro da ala 5 da Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele fazia uma espécie de “franquia do crime”, na qual ele se aproveitava da “fachada” do Comando Vermelho para alimentar a sua própria, por isso o nome dado de "Operação Parasita". Marreta está cumprindo 93 anos e sete meses por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
A organização criminosa investigada possuía setores operacional, contábil e financeiro. Os principais membros, que já se encontravam presos, contavam com a ajuda de outros em liberdade para execução de suas ordens, recolhimento de dinheiro, distribuição de drogas e fiscalização das movimentações financeiras.
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Segundo a Polícia Civil, o líder utilizava a estrutura de outra organização par aferir seus lucros. Os valores se confundiam e no final ele driblava outros membros para abastecer a sua prória facção.
Sendo assim o criminoso teria agido como “traidor” da facção Comando Vermelho, o qual é um dos principais integrantes, estando nela, desde antes mesmo dela chegar ao estado.
A investigação constatou uma movimentação de R$ 18 milhões entre abertura de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro. Como houve também o crime de ocultação de bens, os investigadores não conseguem mensurar ao certo qual o real valor aquisitivo da facção.
As investigações também apontam que a filha e o pai de Marreta integram o esquema. Eles seriam os responsáveis pela compra e venda de imóveis utilizados para a lavagem de dinheiro. A família realizava abertura de lojas fantasmas de roupas e artigos femininos no interior do estado.
PARASITA
A operação ocorreu em quatro estados, sendo eles Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco. São cumpridos 21 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Além destas medidas, a Justiça determinou ainda o bloqueio de até R$ 12 milhões nas contas dos investigados, além do sequestro de diversos imóveis, valores em espécie e veículos pertencentes aos criminosos.
Em Mato Grosso, os alvos estão em Cuiabá, Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum.