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Polícia Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 10:21 - A | A

Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 10h:21 - A | A

OPERAÇÃO SISAMNES

Lobista é preso pela Polícia Federal em Cuiabá por esquema de venda de sentenças

Andreson já foi alvo de operação no mês passado

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta manhã de terça-feira, 26 de novembro, o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves durante a Operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário. A ação cumpre ao todo 24 mandados, sendo apenas este de prisão e todos os outros de busca e apreensão.

A ação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além da prisão de Andreson, a Polícia também cumpre mandados de busca e apreensão contra os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), João Ferreira Filho e Sebastião Moraes, e do escritório do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro do ano passado, em Cuiabá.

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O ex-assessor do desembargador Sebastião Moraes, Rodrigo Vechiato da Silveira, também foi alvo, ele já havia sido citado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como intermediário do esquema.

As investigações apontam para um grande esquema de venda de sentenças, envolvendo advogados, empresários, magistrados de diversas esferas do Poder Judiciário brasileiros e servidores desses mesmos togados.

Por enquanto, não há detalhes sobre a prisão do lobista. Mas esta não é sua primeira vez como alvo. No dia 24 de outubro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ultima Ratio, que também investigou esquema de venda de sentenças, além de lavagem de dinheiro, organização criminosa e extorsão no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Na ocasião, Andreson foi alvo de busca e apreensão somente, mas não estava em sua casa, localizada no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. Andreson estava em Goiás. Além dele, a Polícia Federal cumpriu à época 43 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As operações foram motivadas após perícias no celular do advogado Roberto Zampieri, durante as investigações acerca de sua execução. Os dados extraídos do aparelho mostram uma íntima relação entre Zampieri e membros do Poder Judiciário.

Além disso, as investigações também apontam para a corrupção de servidores lotados nos gabinetes dos magistrados.

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