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Polícia Terça-feira, 13 de Maio de 2025, 09:47 - A | A

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CASO RENATO NERY

Empresária apontada por mandar matar advogado alega problemas mentais

Depoimento que estava marcado para ocorrer na DHPP foi cancelado

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

A empresária Julinere Goulart, apontada como uma das mandantes da morte do advogado Renato Gomes Nery, iria prestar depoimento nesta terça-feira, 13 de maio, mas recuou e optou por se manter em silêncio. Além disso, Julinere alegou problemas psicológicos. Ao lado do seu marido, César Jorge Sechi, Julinere teria desembolsado R$ 200 mil para que Nery fosse assassinado.

As informações foram confirmadas à reportagem do Estadão Mato Grosso pelo delegado Bruno Abreu, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e que preside a investigação do caso. Julinere prestaria depoimento da sede da DHPP, onde traria revelações sobre o complexo plano que terminou com a execução do advogado na porta do seu escritório, no dia 05 de julho.

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Conforme informado pela reportagem do Estadão Mato Grosso, a morte de Nery foi planejada após mais de três décadas de uma briga na justiça por uma propriedade rural estimada em R$ 30 milhões e que está localizada no município de São Joaquim.

Nery, que ganhou a disputa sobre as terras no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sofria ameaças, mas acreditava que não seria assassinado porque meses antes da sua morte, outro advogado, Roberto Zampieri, havia sido morto na porta do seu escritório e em pouco tempo, toda a rede envolvida na sua morte foi desmantelada e os envolvidos presos.

Leia mais aqui: VÍDEO: Nery duvidou que seria assassinado devido a repercussão da morte de Zampieri

Contudo, enquanto achava que não seria alvo dos criminosos, Nery já estava na mira deles. Segundo informado pela reportagem, o plano para assassinar o advogado começou a ser planejado com meses de antecedência.

Em abril de 2024, o então 3° sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira Pena Vieira, alugou uma chácara em Várzea Grande e que serviu de “QG do crime” no dia 16 de abril. Um dia depois Heron foi até Primavera do Leste, tratar com Jackson Pereira Barbosa, outro policial preso pela morte de Renato.

“Em um crime desse, de mando, você coloca aí de 30 a 90 dias antes do crime. Então assim, o Heron, que confessou a participação praticamente direta no crime, ele alugou a chácara no dia 16 de abril e no dia 17 de abril ele se dirige até Primavera do Leste para falar com um dos presos, que é o Jackson. Então você coloca aí mês de março, abril, para gente foi o início das tratativas para matar o advogado”, afirmou o delegado.

Veja mais aqui: VÍDEO: Planejamento para executar advogado pode ter demorado mais de 4 meses

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