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Polícia Quarta-feira, 09 de Julho de 2025, 21:29 - A | A

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ASSADURAS GENITAIS

Bebê de 10 meses morre após 9 dias em Casa Lar e polícia investiga possível estupro

A criança já estava sob acompanhamento médico e havia passado por uma UPA antes de ser acolhida.

João Carlos

Estagiário | Estadão Mato Grosso

Ediana Tanara

Repórter | Estadão Mato Grosso

Um bebê do sexo masculino, de apenas 10 meses, faleceu na noite desta quarta-feira (9), em Cuiabá, apenas nove dias após ter sido acolhido pela rede de proteção à infância em uma Casa Lar da capital. O caso é grave e está sendo apurado pela Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga a possibilidade de abuso sexual. A criança havia sido levada à Casa Lar por sofrer maus-tratos e negligência por parte da família biológica.

Segundo informações preliminares o bebê havia sido retirado da guarda da mãe, usuária de drogas, no último dia 30 de junho, após denúncias de abandono e maus-tratos. A criança chegou à unidade com um quadro de desnutrição severa, assaduras na região genital e sinais de negligência.

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Os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que atenderam a ocorrência nesta noite, identificaram possibilidades reais de possível estupro ao avaliarem o bebê.

“A criança já chegou na Casa Lar com um quadro grave de desnutrição, apresentando assaduras na parte genital e agora estamos apurando se houve ou não estupro. A confirmação só será possível após o laudo da necrópsia. Ela era cuidada por mulheres e não há histórico de abusos em seu relatório, somente que de foi retirada da família por maus-tratos. No entanto, o que nos causa dor, como profissionais, é lidar com a hipótese de que um bebê tão pequeno possa ter sido estuprado", completou o delegado em entrevista.

De acordo com informações de um advogado voluntário que atende a Casa, e não quis ser identificado, o bebê foi para Casa Lar por ordem judicial e estava sendo acompanhado por equipe médica desde sua entrada. Apesar disso, seu estado de saúde agravou-se, e ele não resistiu. 

A Polícia Civil afirmou que, caso o laudo comprove estupro, um novo inquérito será aberto, inclusive com investigação específica sobre a responsabilidade da mãe, de quem o bebê já havia sido afastado por ordem judicial. “Não identificamos histórico anterior de estupro, apenas maus-tratos e abandono. Mas, se comprovado o abuso, investigaremos todas as possibilidades e responsáveis”, declarou o policial.

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