À medida em que colocamos a crise da pandemia de covid-19 no retrovisor, começamos também a olhar para os dias vindouros com novos olhos. É chegada a hora de colocar em prática aquela esperança que brotou no começo da pandemia, de reconstruir a sociedade para uma versão melhor, algo que teremos a oportunidade de fazer efetivamente em 2022, durante as eleições. Neste sentido, a Organização das Nações Unidas (ONU) prestou um grande serviço com a publicação do relatório “COVID-19 e Desenvolvimento Sustentável: avaliando a crise de olho na recuperação”.
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Diante de uma crise sistêmica, os especialistas da ONU apontam que a superação dos desafios atuais requer foco no desenvolvimento humano integral, em um projeto com cinco pilares que buscam garantir a recuperação socioeconômica.
O primeiro deles é a governança. Trata-se da reconstrução de pontes que ajudem a acabar com o abismo criado entre a população e o Estado, por meio do fortalecimento das instituições. Para isso, são necessários investimentos em mercados prioritários, o fortalecimento do capital social e o engajamento da sociedade civil organizada.
Outro ponto essencial, especialmente para o Brasil, é a proteção social. Sendo um dos países mais desiguais do mundo, o Brasil precisa investir neste quesito não apenas para proteger a população das crises, mas também para acabar com problemas que estão arraigados na sociedade. Isso se faz com programas de transferência de renda e a inclusão de grupos vulneráveis e minorias no debate das políticas públicas.
O terceiro pilar trata do futuro dos jovens. Não é novidade falar que eles são o futuro de qualquer não, mas essa máxima assume um valor maior nos tempos atuais. É preciso rever as oportunidades de acesso à educação de qualidade, de forma a prepara-los para os muitos desafios que a humanidade enfrentará nas próximas décadas. É preciso estimular a criação de currículos diversificados, que atendam tanto à pluralidade de aspirações dos jovens quanto às necessidades do mercado de trabalho em mutação.
O quarto pilar é a inclusão digital. Os governos precisam acelerar seus esforços para prestar serviços remotamente, melhorar a qualidade e a integração de seus bancos de dados, além de promover a inclusão dos mais vulneráveis e capacitá-los para lidar com a tecnologia.
Último, mas igualmente essencial, é o pilar da economia verde. É preciso colocar em prática a agenda de descarbonização da economia, tanto pelos benefícios à saúde humana quanto pelos prejuízos que já estamos sofrendo com as mudanças climáticas, um processo que tende a acelerar nos próximos anos. Esse setor, aliás, é considerado um dos mais promissores para a economia mundial, dada a necessidade de intervenções em larga escala, desde investimentos no turismo até mudanças o transporte e no planejamento urbano.
Conforme a ONU, é somente com atenção a esses cinco aspectos, simultaneamente, que conseguiremos construir uma sociedade menos desigual, mais justa e resiliente, que não seja tão vulnerável aos impactos dos eventos adversos que a natureza deve nos impor ao longo das próximas décadas.