É inegável que os governos do presidente Lula, sobretudo a primeira passagem, em 2003, marcou um novo ciclo no cenário sócio-político brasileiro. Inspirado em sua própria origem, suas raízes nordestinas e a sobrevivência das injustiças sociais, sua agenda de governo foi focada nas questões sociais mais profundas.
Logo, a popularidade, digo não só do ibope pessoal em si, mas na face de um governo extremamente popular, ganhou a atenção da classe média brasileira, movimentos sociais e do micro empresariado. Fato esse que legitimou a sua figura na busca de um projeto de desenvolvimento nacional direcionado à redução das desigualdades sociais.
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E é por esse modelo de governo, que defendo a candidatura do presidente Lula. Pela busca de novas modalidades de proteção social pensada nos mais altos graus de vulnerabilidade. Assim como o fez no passado quando promoveu consideráveis mudanças, não vistas desde a Constituição, nas áreas que compõem a Seguridade Social brasileira.
Ações como o Fome Zero que assegurou a milhões de pessoas o direito humano à alimentação adequada. Tal como defendemos, em Cuiabá, com o programa Prato Cheio, inspirado na política social de Lula do passado, onde vamos promover a segurança alimentar e nutricional de mais de 20 mil pessoas.
Como disse na campanha, são 600 mil pessoas em situação de insegurança alimentar por todo o Mato Grosso. No Estado do Agro. Da produção recorde de grãos alimentícios. Não podemos mais admitir isso.
É preciso priorizar o tema da fome na agenda política do Brasil, assim como se fez no governo Lula, quando ganhou a atenção internacional, a mobilização da sociedade e a vinculação da Política de Segurança Alimentar com a necessidade de repensar a atuação do Estado.
As necessidades da população nunca estiveram tão carentes da atuação governamental. Muito pelos reflexos do período pós-pandemia, mais recente, com a guerra no Leste europeu e, consequentemente, com a recessão econômica.
Nesse contexto, precisamos acreditar numa candidatura que pensa sobretudo nos mais necessitados, no trabalhador, no ser humano. E ainda assim, que não ignorar as causas da pobreza, que dirige esforços para mudanças sociais mais profundas como geração de emprego; microcrédito; escolarização; apoio à Agricultura Familiar e tantas outras para que a população fuja da ideia de que qualquer ajuda basta. A ideia do assistencialismo.
Acreditamos na vontade popular, na rearticulação dos movimentos sociais brasileiros ensejados pelas lutas de novas bandeiras e causas, e que anseiam o sério desenvolvimento social do país.
É fundamental escolhermos o projeto de combate à fome, pobreza e enfrentamento à desigualdade social tão presente neste país. O social precisa ser prioridade.
Márcia Pinheiro é atual primeira-dama de Cuiabá, empresária e pós-graduada em Gestão Pública.