Disse o compositor Pescuma na composição “Tipos populares” que “Toda cidade tem seus tipos. Cuiabá também os tem, uma cidade sem eles vive cheia de ninguém”.
Que cidade é essa! Temos um clima quente e um povo caloroso. Vivemos entre as apertadas ruas do centro e as largas avenidas que cortam a cidade. Viver em Cuiabá é se acostumar com a dicotomia da vida.
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Nosso calor já virou letra de música, o grupo Skank cantou: “é como não sentir calor em Cuiabá”. Sentir. Quem vive aqui sente, mesmo que esta seja a nossa terra. Aqui dá vontade de viver e se pudermos escolher, é aqui que queremos morrer. Fincar o pé e virar de fato de “tchapa e cruz”. Ser pau rodado não incomoda, no bolo de arroz de dona Eulália, nos encontramos e viramos, nos sentimos, nos misturamos cuiabanos.
Essa é a minha cidade, onde escolhi passar minha vida a dar a vida. É a cidade da minha filha, cuiabaninha nata, uma cidade que espero ver cada vez melhor e maior, afinal é aqui que minha Cuiabana vai crescer, viver e um dia dar a vida também.
Sendo assim o que espero para a Cuiabá de hoje é o melhor e para a Cuiabá do amanhã algo melhor ainda.
No domingo, nós cuiabanos que nos preocupamos com a cidade fomos às urnas, no exercício da democracia. Pouca gente na fila, as abstenções chegaram a quase 25%, 24,79% para ser mais exata. Dedo firme no teclado, apenas dois nomes. Dois números apenas a escolher e, escolher assim o futuro que minha querida cuiabana Luna irá ter. Não pensei duas vezes e votei com consciência, assim como outros 284.352 eleitores, que foram, viram e votaram.
Emanuel Pinheiro foi reeleito com 135.871 votos, 51,15% dos eleitores escolheram a permanência dele no cargo. Agora caberá a Emanuel unir a cidade, acabar com eles e nós, a partir de agora somos todos um.
“Que o prefeito não esqueça o recado do poeta. “Toda cidade tem seus tipos. Cuiabá também os tem, uma cidade sem eles vive cheia de ninguém”.
Quando Emanuel voltar a ocupar a cadeira no Palácio Alencastro no dia 1º de janeiro, cada decisão vai impactar diretamente a nossa vida e influenciará diretamente nos nossos sonhos. Então, validado pelas urnas, que tenha a sabedoria para tomar as decisões certas e que olhe a coletividade de uma maneira ainda mais comprometida. Minha Luna e minha família dependem disso, assim como a sua família também.
A vitória veio em meio a uma guerra, nem parecia campanha. O candidato derrotado explorou ao máximo a história do paletó, mas venceram as propostas e a administração que já vinha sendo realizada. Emanuel tinha quase 90% de aprovação de seu trabalho e isso acabou fazendo com que ele vencesse todos os adversários do primeiro turno. Venceu a continuidade, a maioria dos eleitores decidiram que não queriam se aventurar num projeto que tinha muita crítica e pouca proposta. A vitória foi apertada e isso não podemos esquecer. A partir de agora Emanuel vai ser cobrado, fiscalizado e terá que dar a resposta a população. Não temos mais tempo para arrependimentos.
Em seu primeiro pronunciamento como prefeito reeleito, Emanuel pediu paz ao governador Mauro Mendes. Isso é bom! Espero de fato que o governador tenha a mesma sensatez. Acabou o tempo das dissensões, não existe mais espaço para guerrinhas de ego e perseguições políticas. Cuiabá e o povo cuiabano são muito maiores que Mauro Mendes e Emanuel Pinheiro, as diferenças precisam ser superadas em prol de um bem maior.
Que o prefeito não esqueça o recado do poeta. “Toda cidade tem seus tipos. Cuiabá também os tem, uma cidade sem eles vive cheia de ninguém”.
SIRLEI THEIS é advogada, especialista em gestão pública, palestrante e treinadora comportamental