O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou empresários, transportadoras e operadores por um esquema de furto e adulteração de cargas de fertilizantes e insumos agrícolas. A quadrilha agia em todo o estado de Mato Grosso e foi alvo da Operação Placebo, deflagrada em 2022. Segundo investigações, eles causaram o prejuízo de R$ 18 milhões. A decisão foi publicada nesta quinta-feira, 29 de maio.
Segundo as investigações, os criminosos subtraíam cargas inteiras ainda em posse dos motoristas, muitos deles coagidos a participar do esquema, e as substituíam por material adulterado antes da entrega aos produtores rurais.
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A fraude consistia em entregar um produto falsificado, incapaz de nutrir as lavouras, causando prejuízos diretos aos agricultores, transportadores e empresas do setor. Enquanto isso, o fertilizante original era "clonado", misturado a substâncias de baixa qualidade, e revendido ilegalmente como se fosse legítimo.
“Relata que, apesar da pandemia, o GAECO prosseguiu com as investigações, que revelaram uma organização criminosa estruturada para subtrair e revender fertilizantes. A organização envolvia "empresários" que usavam empresas de fachada em barracões para emitir notas fiscais falsas e "esquentar" as cargas roubadas. Havia também "aliciadores/viradores" responsáveis por cooptar caminhoneiros e intermediar a venda dos produtos ilícitos, e os próprios "motoristas", que realizavam os furtos e transportavam as cargas adulteradas ou roubadas”, cita os autos.
Dados parciais apontam que, apenas em 2019, o prejuízo superou R$ 39 milhões, afetando transportadoras, comerciantes e produtores rurais. A fraude comprometeu lavouras destinadas à exportação, impactando a economia do estado.
Ao todo, 8 pessoas foram condenadas e juntas elas acumulam 45 anos de prisão. Entre os condenados estão os empresários, Francisco de Assis da Costa e Marcelo Fernandes Pim, sócios na empresa Plantar Produtos Agrícolas e Nutrição Animal, Maurício dos Reis, dono de uma empresa de transporte, e Leandro Martins Pinto.
Veja condenações
Francisco De Assis Da Costa - 7 anos e 3 meses - fechado
Maurício Dos Reis - 6 anos e 9 meses - fechado
Leandro Martins Pinto- 7 anos e 3 meses - fechado
Marcelo Fernandes Pim - 7 anos e 3 meses - fechado
Julio Cezar De Oliveira Silva - 7 anos e 2 meses - fechado
Leandro Souza Pinto- 2 anos e 9 meses - aberto
Reinaldo Teixeira - 3 anos e 6 meses - aberto
Hudson Santos - 3 anos e 6 meses - aberto
Absolvidos por falta de provas
Erasmo Figueiredo De Miranda - absolvidos
Joaquim Francelino De Souza Filho - absolvido