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Judiciário Sábado, 18 de Dezembro de 2021, 18:14 - A | A

Sábado, 18 de Dezembro de 2021, 18h:14 - A | A

DENÚNCIA DO MPF

Justiça recebe denúncia contra quatro indígenas por homicídio de xavante

Assessoria de Imprensa

A Justiça Federal acatou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra quatro indígenas da etnia Xavante pelo assassinato de outro indígena, da mesma etnia. O crime acontece na noite do dia 10 de março deste ano, na Terra Indígena Areões, localizada no município de Nova Nazaré (MT), distante 720 quilômetros de Cuiabá. 

O MPF também pediu a prisão preventiva do réu Ary Maraiho, responsável por arregimentar o grupo que agrediu a vítima, mas o pedido foi negado pela Justiça Federal. Por discordar da decisão judicial, o MPF recorreu, pois entende que a decisão vai contra a posição firmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Os denunciados, que agora passam à condição de réus, são Ary Maraiho, Anderson Siruia, Humberto Sa Eomo Wad Tserehibru Xavante e Jair Simrihu. Eles são acusados de homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meios cruéis e que impossibilitaram a defesa da vítima. 

A vítima, Severino Tsaridu Xavante, foi espancado até a morte com socos, chutes e golpes de borduna (arma indígena) na presença de seu filho de 17 anos e do irmão da vítima que também foram agredidos para que não defendessem Severino. Após a morte, os agressores ainda impediram por um tempo, tanto o irmão da vítima como o filho, de chegar próximo ao corpo.

O caso - De acordo com a denúncia feita pelo MPF, o carro em que estava Severino e outros quatro indígenas enguiçou na estrada de acesso à Aldeia Dois Galhos e aldeias vizinhas. Como a passagem ficou interrompida, a vítima e os demais ocupantes do veículo foram abordados por alguns indígenas das Aldeias Pequi e Cachoeira, entre eles o acusado Ary Maraiho, que aparentava estar sob efeito de álcool e teria dado início a uma discussão. Maraiho foi até sua aldeia e voltou em companhia de outros indígenas, que se reuniram no local onde estava Severino e o agrediram até a morte.

O fato está sendo julgado pela Justiça Federal porque o homicídio não teria sido motivado apenas pela interrupção do fluxo na estrada pelo veículo estragado, mas por disputas relacionadas à comercialização ilegal de madeira nas terras indígenas.

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