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Judiciário Terça-feira, 15 de Julho de 2025, 07:02 - A | A

Terça-feira, 15 de Julho de 2025, 07h:02 - A | A

PRISÃO MANTIDA

Justiça nega liberdade de alvo de operação contra lavagem de dinheiro

Ministro Luis Felipe Salomão não identificou ilegalidade na prisão preventiva do investigado.

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O ministro Luis Felipe Salomão, do Tribunal Superior de Justiça (STJ), não acatou o pedido de habeas corpus de Leandro dos Santos Pires, após alvo de operação. Ele foi preso em março de 2024 após ser acusado de lavar dinheiro de tráfico de drogas na Operação Follow the Money, da Polícia Civil. A decisão foi publicada nesta segunda-feira, 14 de julho.

“Em cognição sumária, não se verifica a ocorrência de manifesta ilegalidade ou urgência a justificar o deferimento do pleito liminar. À primeira vista, o acórdão impugnado não se revela teratológico, o que, de todo modo, poderá ser mais bem avaliado no momento do julgamento definitivo do writ. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar”, decidiu.

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A defesa do preso explicou que após 1 ano solto, sem prejudicar o andamento das investigações e nem a comprovação da participação dele nas práticas criminais. Alega que a denúncia sobre a participação na quadrilha não se sustenta, já que o vínculo não é comprovado, pois teria se limitado a citar o nome de Leandro e a suposta divisão de tarefas.

“Quanto à lavagem de dinheiro, pontua que a investigação e a exordial acusatória não teriam demonstrado a existência de prova inequívoca do cometimento do delito antecedente, ou da intenção do acusado de ocultar ou dissimular valores supostamente decorrentes do tráfico de drogas”, alegou.

O magistrado afirmou não identificou nenhum constrangimento ilegal na prisão de Leandro e ainda afirmou que a matéria pode ser avaliada no julgamento definitivo.

OPERAÇÃO FOLLOW THE MONEY II

A Polícia Civil deflagrou a Operação Follow The Money em março de 2024 para cumprir 136 mandados contra envolvidos em lavagem de dinheiro do tráfico em Sinop, Cuiabá, Várzea Grande e outros municípios. Entre as ordens judiciais, há 60 prisões temporárias, 56 buscas e bloqueios bancários, além da suspensão de uma farmácia em Cuiabá. As ações ocorrem em cidades de Mato Grosso, Pará e Mato Grosso do Sul, sob decisão da 5ª Vara Criminal de Sinop.

As investigações começaram em 2022, após a apreensão de 400 tabletes de maconha, revelando um esquema que usava empresas para ocultar recursos ilícitos. Um DJ repassava valores para familiares de líderes faccionais presos. Entre os alvos estão a esposa, cunhada e irmão do chefe do grupo, além de buscas na cela do líder.

A operação mobilizou 92 equipes policiais, com apoio de delegacias regionais e da Diretoria de Inteligência. Em Alta Floresta, 12 mandados foram cumpridos. A farmácia envolvida teve atividades suspensas, e os medicamentos serão doados à prefeitura.

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