O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de liberdade de D.H.A., preso preventivamente desde março por suspeita de integrar uma organização criminosa especializada em aplicar golpes da OLX. A defesa alegou não existir provas contra o suspeito e por sua liberdade não por risco à sociedade. Porém, os argumentos não convenceram o magistrado. A decisão é desta terça-feira, 10 de outubro.
As investigações apontam que a organização causou prejuízo milionário às suas vítimas, por meio dos golpes.
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“Logo, é necessário sopesar a gravidade in concreto dos delitos perpetrados pelos membros da organização: a uma, porque os danos materiais causados às vítimas do estelionato somam, até onde se sabe, mais de um milhão de reais; a duas, porque o funcionamento do esquema criminoso depende também destes atos “intermediários” entre a aplicação dos golpes e o recebimento do dinheiro pelos criminosos, ou seja, pela transferência dos valores de conta em conta e saques sucessivos de frações do montante recebido”, sustentou o magistrado.
Ao emitir a decisão, Freitas reproduziu trechos da conversa entre D.H.A. e o suspeito apontado como chefe da quadrilha. Na ocasião, os dois falam sobre transferências de valores e informações de contas bancárias. D.H.A. chega a passar informações pessoais para que o suposto líder lhe faça transferências.
O juiz também ressalta que a polícia encontrou 76 chips de celular, com diversos DDDs, no guarda-roupas de D.H.A. na data da prisão. Além de todas essas provas, o juiz contou que o próprio acusado assumiu que trabalhava recrutando contas bancárias para que o suposto chefe de quadrilha aplicasse os golpes.
RELEMBRE O CASO
D.H.A. foi um dos alvos da Operação Gênesis, deflagrada pela Polícia Civil em março deste ano. Ao todo, foram cumpridos 54 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão. Em maio, a Justiça tornou réus 22 membros denunciados. A organização criminosa teria movimentado mais de R$ 1 milhão por meio de golpes em todo o país.
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