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Judiciário Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 13:59 - A | A

Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 13h:59 - A | A

PRISÃO MANTIDA

Juíza mantém preso homem acusado de lavar R$ 280 mil para tesoureiro do C.V.

Marllon foi alvo da operação Apito Final e é suspeito de integrar facção

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de habeas corpus de Marllon da Silva Mesquita, acusado de ser um dos integrantes de uma facção criminosa. Ele foi preso por ter lavado cerca R$ 280 mil para o tesoureiro do Comando Vermelho, Paulo Winter, vulgo W.T. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 29 de julho.

“Diante do exposto, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pelo requerente Marllon da Silva Mesquita, qualificado nos autos, pelas razões acima expostas, bem como pelos próprios fundamentos já consignados na decisão que decretou a medida constritiva, uma vez que inexistem fatos novos capazes de justificar a concessão da liberdade”, decidiu.

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A defesa alegou que não há comprovação do risco da liberdade de Marllon sendo ilegal a prisão. O Ministério Público do Estado (MPMT) se manifestou contra o pedido.

A magistrada explicou que, desde a decretação da prisão preventiva, não houve qualquer mudança no fato, não alterando o perigo da liberdade do réu. Além disso, Santos afirma que na denúncia, ele é apontado como integrante do Comando Vermelho e por isso a prisão dele é sustentada.

“Conforme a denúncia — que, inclusive, encontra-se amparada por justa causa, com base nos elementos informativos da investigação —, imputa-se ao réu a conduta de integrar organização criminosa denominada “Comando Vermelho”, bem como de atuar na lavagem de capitais para um dos líderes do referido grupo criminoso, o réu Paulo Witer. Recaem, ademais, em desfavor do requerente, indícios de que teria movimentado a quantia de R$ 279.775,65, em tese, de origem ilícita, que, inclusive, seria incompatível com sua renda à época dos fatos, bem como teria, supostamente, realizado diversos depósitos, em nome de empresas, em favor da organização criminosa”, sustentou.

Marllon da Silva Mesquita foi alvo da Operação Apito Final, deflagrada no dia 29 de março, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). A operação resultou na prisão de 20 membros do Comando Vermelho.

Operação Apito final

Deflagrada no dia 2 de abril de 2024, a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Conforme as investigações, conduzidas pelos delegados Gustavo Belão, Rafael Scatolon e Frederico Murta, após deixar a prisão, em outubro de 2021, o investigado Paulo Witer, que já integrava a facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos, além de um time de futebol amador, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores.

Apenas no período apurado, a movimentação alcançou, pelo menos, R$ 65,9 milhões.

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