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Judiciário Quinta-feira, 02 de Maio de 2024, 20:51 - A | A

Quinta-feira, 02 de Maio de 2024, 20h:51 - A | A

TERROR EM SAPEZAL

Juiz mantém prisão de faccionados que atearam fogo em ônibus

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, manteve a prisão preventiva de João Paulo Xavier dos Santos (“PX”) e Jheyson Felipe de Souza Silva (“Assombrado”), para manter a ordem pública. Os dois foram detidos no dia 2 de outubro do ano passado, após atearem fogo em dois ônibus para assustar a população de Sapezal (510 km de Cuiabá), a mando da facção Comando Vermelho. A decisão é da última terça-feira, 30 de abril.

O pedido de revogação da prisão foi feito pela Defensoria Pública (DP-MT) e recebeu parecer contrário do Ministério Público do Estado (MP-MT).

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“Assim, havendo contundentes indícios de materialidade delitiva e autoria no sentido de que os réus atearam fogo em dos veículos de transporte público – fato que denota expressiva gravidade in concreto – e de que possivelmente o fizeram no interesse da organização criminosa Comando Vermelho, justamente com o intuito de abalar a ordem pública e causar comoção e terror social, não há falar em substituição da custódia cautelar por medidas menos gravosas”, fundamentou o magistrado.

Na mesma decisão, Jean Garcia agendou a audiência de instrução e julgamento para o dia 28 de maio.

De acordo com os autos do processo, PX recebeu a ordem para incendiar os dois ônibus para intimidar as autoridades e causar terrorismo na população. A ordem teria partido de faccionados presos na Cadeia de Campo Novo do Parecis. Ele então teria chamado Jheyson para ajudar na logística e filmar toda a ação. Os ônibus queimados pertenciam um à Apae e o outro à Amaggi.

De acordo com o processo, os suspeitos utilizaram coquetel molotov para atear fogo nos ônibus. Para isso, eles passaram em um posto, onde compraram um galão de combustível. Os suspeitos foram até o local utilizando um táxi, que acionaram momentos antes, quando estavam em uma boate da cidade.

Após cometerem os crimes, os dois suspeitos foram para uma casa de prostituição, onde foram encontrados e presos pela Polícia. Ao serem presos, os dois confessaram a autoria dos crimes.

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