A juíza Janaína Cristina de Almeida, da Vara Criminal de Diamantino, manteve a prisão de José Edson Douglas Galdino Santos, por matar Lorrane Cristina Silva de Lima na frente dos filhos. Ele confessou que esfaqueou a mulher 12 vezes e ainda violentou sexualmente o corpo dela. A juíza ainda intimou o advogado que “sumiu” e não apresentou as alegações finais. A decisão é do último dia 28 de novembro.
“Desse modo, nos termos do parágrafo único do artigo 316 do CPP, não há nada que, neste momento, afaste o aspecto cautelar e provisório da prisão preventiva do denunciado Jose Edson Douglas Galdino Santos permaneça na modalidade de prisão em que se encontra”, decidiu.
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A magistrada ainda deu o prazo de cinco dias para o advogado apresentar as alegações finais, caso o contrário aplicara multa de 10 salários mínimos. O advogado foi intimado diversas vezes e deixou o prazo passar.
Após o “puxão de orelha” no jurista, a magistrada passou a avaliar a prisão preventiva de José. Por lei a prisão deve ser reavaliada a cada 90 dias. Almeida explicou que a prisão permanecerá inalterada por não haver nenhuma alteração fático-jurídica.
A prisão dele foi mantida devido à crueldade do crime cometido. A juíza explica que há indícios o suficiente para mantê-lo preso, além de uma possível liberdade pôr em risco o andamento das investigações e a segurança social.
“O réu teria supostamente, motivado por ciúmes, golpeado a facadas a companheira, atingindo-a na região esternal central, deferindo mais golpes contra a vítima, que já se encontrava caída no chão na posição de decúbito ventral, totalizando doze lesões por arma branca que resultaram em sua morte. Consta também que, o denunciado ainda violentou sexualmente a vítima, que foi encontrada na posição de decúbito dorsal, com as pernas distanciadas entre si e a calcinha posicionada para o lado esquerdo, com uma substância viscosa escorrendo da vagina”, detalhou a magistrada.
Segundo os autos, após matar a mulher, José saiu da casa e disse que iria comprar remédio para Lorrane e deixou as crianças trancadas com o cadáver da mãe por aproximadamente 48h.
Além disso, a magistrada destacou que José já possui passagens por perseguir a ex-namorada em Lucas do Rio Verde, em 2022.
“Logo, permitir que o acusado responda ao crime em liberdade só contribuiria para manter em risco a ordem pública, aumentando o sobressalto da população, de modo que, certa a materialidade e havendo indícios de autoria do delito, legítima se afigura a manutenção da prisão a fim de resguardar a ordem pública e a aplicação da lei penal”, sustentou.
Relembre o crime
José Edson Douglas Galdino Santos, de 25 anos, foi preso pelo brutal assassinato de Lorrane Cristina de Lima, de 23 anos. O criminoso foi preso em 19 de março, em uma rodoviária do município de Rurópolis, no Pará. O delegado que conduziu a prisão disse que José Edson confessou o crime.
A vítima e criminoso se conheciam há três meses e conviviam juntos na casa da mulher há três semanas. O relacionamento era conturbado por questões de ciúmes. Após uma última discussão, José foi dormir, mas voltou armado com uma faca e após atacar Lorrane no pescoço, a golpeou por 12 vezes.
O criminoso ainda tentou desbloquear o celular da vítima com a impressão digital dela após ela morrer, mas não conseguiu. Somente após resetar o celular, que o criminoso teve acesso às mensagens que desejava, conteúdo esse que não foi revelado.
Após isso, o criminoso manteve o corpo da mulher na residência junto dos filhos dela. Durante dois dias, as crianças e o corpo ficaram na casa. As crianças foram resgatadas pela Polícia Militar e o crime veio à tona.