O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou prisão domiciliar à B.V.O.S., vulgo Branca de Neve. Ela alegou ser mãe de duas crianças, sendo uma com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). B.V.O.S. foi presa por participar de um sequestro e aplicação de "salve" em Rondonópolis (220 km de Cuiabá). O pedido foi negado, pois Bruna não é a responsável legal das crianças.
“Ante o exposto, indefiro o pedido de substituição da prisão preventiva por domiciliar formulado pela defesa da ré B.V.O.S., mantendo-se a custódia cautelar como forma de resguardar a ordem pública”, decidiu.
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Ela alegou cuidar das duas crianças, porém a guarda legal está em nome da mãe dela. Além disso, o magistrado apontou que a mulher é usuária de drogas, o que compromete a capacidade dela de cuidar das crianças.
“Restou evidenciado que os filhos da requerente não se encontram em situação de risco ou vulnerabilidade, uma vez que estão sob os cuidados da avó, que lhes garante assistência e bem-estar. Ademais, o mesmo estudo revelou que a ré não exercia papel preponderante na vida das crianças, contribuindo apenas esporadicamente para seu sustento”, explicou.
Além disso, o histórico criminal da presa contribui para que ela não fosse solta, já que ela participou de um sequestro com aplicação de castigo em um cativeiro em Rondonópolis. B.V.O.S. ainda também responde por roubo e posse ilegal de arma de fogo.
“Em arremate, ao contrário do que sustenta a defesa, cuida-se de envolvimento com complexa organização criminosa voltada para a prática de diversos delitos, como homicídios e tráfico de drogas. Assim, por se tratar de investigação complexa e extensa, que perdurou por meses até a completa identificação de todos os acusados, reputa-se presente a contemporaneidade da medida, referente a fatos noticiados no mês de dezembro de 2023”, finalizou.
