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Judiciário Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 14:58 - A | A

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MUSA DA OSTENTAÇÃO

Alvo de operação por esquema de pirâmide, “Cleópatra” vira ré junto de comparsas

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Taiza Tosatt, alvo principal da “Operação Cléopatra” se tornou ré após a Justiça acolher a denúncia do Ministério Público em desfavor não só dela, mas também do seu ex-marido e ex-policial federal Ricardo Mancielli Souto Ratola e do médico Diego Rodrigues Flores por um esquema de pirâmide financeira em Cuiabá. A decisão é do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A operação foi deflagrada em outubro deste ano e, segundo informações da Polícia Civil, Taiza era proprietária da empresa DT Investimentos e usava as redes sociais para atrair as vítimas, se valendo da sua beleza e “sucesso” como especialista em investimentos financeiros para atrair as vítimas.

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Ainda segundo a investigação, a DT Investimentos prometia lucros de 2% a 6% ao dia. A empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos superiores a R$ 100 mil para entrar no esquema da pirâmide.

Para manter as vítimas no esquema, elas recebiam retorno financeiro nos primeiros meses e eram convencidas a fazerem maiores investimentos.

Contudo, após vários investimentos, os valores começaram a não ser repassados mais e quando as vítimas iam tirar satisfações, a empresária inventava desculpas até não responder mais os contatos.

Na casa da investigada, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram munições, joias, anabolizantes, celulares e no total o valor chega a quase meio milhão de reais.

Taiza teve sua prisão convertida em preventiva no dia 2 deste mês.

Ao total, o prejuízo causado pela pirâmide financeira encabeçada pela “Cleópatra” chega a R$ 2,5 milhões.

O ex-policial federal, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.

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