A solidão, frequentemente associada à terceira idade, tem se manifestado de forma crescente entre adolescentes e jovens adultos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), chega a 20,9% o total de adolescentes em todo o mundo que vivenciam sentimentos de solidão, o que tem gerado preocupação entre especialistas da área da saúde mental.
Embora o relatório global da OMS não apresente dados específicos sobre o Brasil, o país está incluído em análises regionais e em estudos como o Global School-based Health Survey, que contempla países das Américas. O Brasil figura entre os países de renda média, grupo que apresenta uma prevalência média de solidão de 19,3%.
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Na região das Américas, onde o Brasil está inserido, a taxa média de solidão é de 13,6%. Além disso, estudos anteriores apontam que adolescentes brasileiros enfrentam desafios significativos relacionados à solidão, especialmente em contextos marcados por desigualdade social, bullying e falta de apoio escolar, fatores que são destacados no relatório como determinantes da solidão.
Diante desse cenário, a Universidade Santo Amaro (Unisa) realiza, entre os dias 18 e 22 de agosto, a Semana de Conscientização da Solidão e Solitude. A ação será promovida no Campus Interlagos da Instituição, com o objetivo de ampliar o debate sobre o tema e fortalecer ações de enfrentamento ao isolamento social. A coordenação é do Dr. Rodrigo Rizek Schultz, neurologista, professor da Unisa e responsável por acompanhar e contribuir com a comissão da OMS dedicada ao estudo da solidão e emissão do relatório dedicado à conexão social.
Ao longo do ano, a Unisa desenvolve diversas ações voltadas ao bem-estar emocional de seus alunos, como serviços de apoio psicológico e atividades que incentivam a convivência e os vínculos interpessoais. A semana contará com palestras e rodas de conversa que promovem a reflexão sobre a importância da conexão humana e da busca consciente pela solitude.
“O mundo está se mobilizando para promover a conexão social. Observamos um movimento crescente em busca da solitude e da redução ou domínio da solidão”, afirma o Dr. Rodrigo. Já o psiquiatra Dr. Kalil Duailibi, professor da Unisa e presidente do Departamento Científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina, reforça: “É essencial estarmos atentos aos sinais de solidão em nossos amigos e familiares. Pequenos gestos, como um telefonema ou um convite para um café, podem fazer uma grande diferença.”
A ação integra um conjunto de iniciativas da Unisa voltadas à saúde mental e emocional, reafirmando o compromisso da instituição com a formação integral de seus estudantes e com o fortalecimento da comunidade acadêmica.