O secretário municipal de Educação de Cuiabá, Amauri Monge, participou ativamente da audiência pública sobre educação inclusiva realizada na manhã desta quarta-feira (9), na Câmara de Vereadores. A reunião, proposta pela vereadora Maysa Leão, teve como foco ouvir pais, mães e cuidadores de crianças com autismo e outras deficiências que enfrentam dificuldades para garantir uma educação de qualidade para seus filhos na rede pública.
Durante o evento, Amauri anunciou dois encaminhamentos importantes como resposta às reivindicações das famílias. O primeiro é a determinação de que, em até 30 dias, todas as escolas da rede municipal deverão entregar os Planos Educacionais Individualizados (PEIs) dos alunos que necessitam de atendimento especializado.
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“Estamos firmando esse compromisso com responsabilidade. Determino que, dentro de 30 dias, cada unidade escolar entregue o PEI de seus alunos. Mas não basta apenas entregar documentos: precisamos oferecer um PEI realmente inclusivo, construído com seriedade. Por isso, conclamo as famílias, os vereadores e toda a equipe da Secretaria a construírem juntos esse plano, que deve alcançar com dignidade as mais de 2,5 mil crianças com deficiência em nossa rede”, declarou Amauri.
O segundo encaminhamento foi a criação de um comitê permanente que acompanhará a educação inclusiva na capital e contará com representantes das mães e sociedade civil.
Também presente, o secretário adjunto de Inclusão, Andrico Xavier, detalhou os desafios e metas da atual gestão para tornar Cuiabá uma cidade verdadeiramente inclusiva. Ele reforçou o compromisso com a formação de intérpretes de Libras e sua alocação tanto nas escolas quanto nas unidades de saúde. Segundo Andrico, essa é uma demanda antiga da comunidade surda e que, agora, começa a ser atendida.
Outro ponto importante anunciado por Andrico foi a implantação de um Centro de Referência do Autismo, projeto que deverá preencher uma lacuna histórica da capital: atualmente, Cuiabá não conta com uma estrutura pública especializada para diagnóstico e acompanhamento de crianças neurodivergentes.
A vereadora Maysa Leão, que conduziu a audiência, ressaltou a importância da escuta ativa promovida pelo evento. “Essa audiência pública foi feita do jeito certo: primeiro ouvimos as mães, os cuidadores, os professores. Ouvimos histórias duras de exclusão e abandono. Mas também vimos um secretário presente, que ouviu e se comprometeu com ações concretas. Isso é um marco”, afirmou Maysa.
A audiência reuniu ainda representantes da sociedade civil, órgãos de controle, concelhos de educação e profissionais da área. As famílias esperam agora que os compromissos assumidos se transformem em políticas públicas efetivas que garantam, de fato, uma educação inclusiva e de qualidade.