O prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, esteve nesta segunda-feira (7) na sede da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER), assim como havia anunciado no fim de semana. Na ocasião, o prefeito expôs a situação financeira e organizacional da companhia, anunciando que a mesma vai entrar em um processo de liquidação.
Durante a conversa com os trabalhadores, o prefeito expôs a dívida milionária, acima dos R$ 260 milhões, e a situação de inviabilidade pela qual passa a empresa, que atualmente não tem certidão negativa e atualmente está impedida de contratar com a Prefeitura. "A CODER está falida, e foi a atuação irresponsável dos antigos gestores que fez isso", repassou.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
O gestor denunciou que querem colocar agora essa irresponsabilidade cometida no passado "em sua conta". "Nenhum líder vai fazer algo para prejudicar a si próprio. Não são só vocês que são vítimas, eu sou tão vítima quanto vocês, assim como a sociedade", assegurou. "Onde estavam os defensores da CODER quando o FGTS dos trabalhadores estava sendo roubado, quando seus direitos estavam sendo negados?", questionou.
Cláudio Ferreira reforçou que o modelo da CODER está obsoleto, ultrapassado, não sendo mais viável. "Ninguém consegue administrar com esse modelo que está aqui na CODER", externou. Diante do quadro herdado das gestões anteriores, apontou que a solução passa pela liquidação da companhia, no qual a Prefeitura vai assumir o passivo trabalhista existente.
Nesse contexto, o prefeito apresentou ainda alternativas para os colaboradores, na qual eles poderão ser absorvidos em uma cooperativa a ser criada com o apoio do Município. Um exemplo citado é o de cooperativa existente que presta serviços para o Serviço de Saneamento de Rondonópolis (Sanear). "A posição do prefeito exige preparo e coragem", reforçou.
Com o anúncio, alguns trabalhadores, sendo uma minoria, preferiu partir para o ataque, hostilizando o prefeito, que não se intimidou e defendeu que essa é a melhor saída. "Nós vamos dar a cada um o que lhes é devido. Ninquém vai ter o seu direito negado, ninguém vai receber o seu direito em precatório. E nós vamos criar um mecanismo para absorver vocês", garantiu.