O setor imobiliário de Cuiabá apresentou um desempenho expressivo no segundo trimestre de 2025, tanto em volume de unidades vendidas quanto em faturamento. De acordo com o levantamento mais recente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT), foram 3.430 imóveis comercializados entre abril e junho deste ano, movimentando R$ 1,36 bilhão na economia da capital mato-grossense.
Os dados fazem parte dos Indicadores do Mercado Imobiliário de Cuiabá, levantamento realizado desde 2015 com o apoio da Fecomércio-MT e em parceria com a Secretaria de Fazenda de Cuiabá, a partir de informações do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Os resultados indicam uma alta de 49,96% no número de imóveis financiados e de 25,33% no valor financeiro total das transações em relação ao mesmo período de 2024.
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Um dos principais impulsionadores desse crescimento é o crédito imobiliário, que registrou um salto de mais de 200% no número de unidades financiadas. No segundo trimestre de 2024, foram 555 imóveis adquiridos via financiamento, contra 1.713 no mesmo período deste ano.
“Foram mais de mil unidades vendidas por mês no segundo trimestre, gerando, assim, uma expressiva arrecadação para o município. O programa Minha Casa Minha Vida tem grande impacto nisso, e o setor vem percebendo esse movimento desde o ano passado, com um volume de entrega de imóveis muito grande”, explicou Marco Pessoz, presidente do Secovi-MT e vice-presidente da Fecomércio-MT.
A pesquisa mostra ainda que a região Oeste de Cuiabá liderou tanto em número de imóveis vendidos quanto em valor total transacionado. Ao todo, foram 1.441 imóveis vendidos na região, somando R$ 569 milhões. A expansão urbana em áreas com valores de mercado mais acessíveis também contribuiu para um recuo no ticket médio, que caiu 16,47%, ficando em R$ 395,8 mil.
Pessoz também pontuou que o avanço das vendas de imóveis populares, especialmente os financiados pelo programa habitacional do Governo Federal, não sofre impacto direto da inflação alta, ao contrário dos investimentos imobiliários de longo prazo. Esse comportamento reforça o protagonismo do financiamento no acesso da população à casa própria.
O levantamento mostra ainda que quase metade das vendas foi financiada (49,94%), número que representa um novo marco para o setor. No trimestre anterior, esse índice era de 44,27%, reforçando a tendência de crescimento sustentado pela ampliação do crédito e programas habitacionais.
