Após forte pressão de parlamentares da oposição, com destaque para o senador Wellington Fagundes (PL-MT), o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), leu nesta terça-feira (17) o requerimento que oficializa a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. A leitura marca o início de uma apuração sobre fraudes bilionárias envolvendo aposentadorias e pensões.
A comissão terá 180 dias para investigar descontos indevidos em contracheques de beneficiários do INSS e convênios suspeitos firmados com entidades privadas que teriam se apropriado, de forma ilegal, de recursos públicos.
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Wellington Fagundes, que atuou diretamente pela instalação da CPMI, classificou o esquema como um “roubo declarado” e destacou a gravidade dos desvios: “Essa é a CPMI do combate à safadeza, à falta de vergonha de quem teve a coragem de roubar o dinheiro dos nossos aposentados. Vamos buscar cada centavo desviado e responsabilizar os culpados”, afirmou.
O senador também alertou para o risco de impunidade, caso a comissão seja esvaziada ou usada como instrumento político: “Queremos uma investigação séria, técnica e com transparência. O povo não suporta mais ver escândalos sendo varridos para debaixo do tapete. Quem meteu a mão no dinheiro do aposentado tem que pagar, e com cadeia”, completou.
Outro ponto crítico levantado por Fagundes foi a forma como o dinheiro será devolvido. “Não vamos aceitar que devolvam o dinheiro dos aposentados com o próprio dinheiro do contribuinte. O prejuízo tem que ser pago por quem cometeu o crime”, reforçou.
A próxima etapa será a definição dos 32 membros titulares da comissão (16 senadores e 16 deputados), que terão prerrogativas para requisitar documentos, convocar depoentes e quebrar sigilos. Fagundes, como líder do Bloco Vanguarda, participará diretamente da indicação dos membros que vão compor o colegiado.
“Estamos fazendo nossa parte. Agora é hora de todos os partidos indicarem seus membros rapidamente. O Brasil precisa de respostas”, concluiu.