O Corinthians acertou nesta segunda-feira o pagamento da primeira parcela do acordo firmado na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para quitar dívidas com clubes, empresários e jogadores. Porém, o valor repassado pelo Timão é contestado pelo Cuiabá, maior credor do processo, com R$ 18 milhões a receber.
A diretoria do Corinthians pagou o valor mínimo estipulado para cada processo: R$ 150 mil. Porém, o Cuiabá entende que teria direito a receber R$ 750 mil.
– Já procurei a CNRD, e me confirmaram que a nossa interpretação está correta. Se o Corinthians não complementar o valor pago a tempo, ainda nesta semana será punido com transfer ban (proibição de registrar novos jogadores) – afirma Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá.
Em acordo homologado em abril deste ano, a CNRD informa que: "o painel julgador entende ser razoável que o plano coletivo do Corinthians seja integralmente pago em seis anos, ou 24 parcelas trimestrais, todo dia 17, sendo a primeira parcela em 17.7.2025 e a última em 17.4.2031. Em outras palavras o valor total devido em cada processo (valor principal e honorários advocatícios) deve ser dividido em 24 parcelas que serão pagas trimestralmente, a começar três meses após o deferimento do plano."
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Mais à frente, o painel julgador da CNRD afirma que "tem ciência que a primeira parcela pode ficar robusta, mas deve-se considerar que ela não é desproporcional, sobretudo quando se considera que desde novembro o Corinthians tem as sanções suspensas, podendo preparar o seu caixa para esses pagamentos."
A reportagem do ge pediu uma posição sobre o caso à diretoria corintiana. Assim que houver resposta, esta matéria será atualizada.
O plano acordado na CNRD afirma que se a falta de pagamento acontecer reiteradas vezes, o Corinthians pode sofrer o transfer ban por pelo menos seis meses sem a possibilidade de suspensão mediante a regularização.
Entenda o plano
Sofrendo diversas cobranças de atletas, jogadores e empresários, o Corinthians formulou um plano de pagamento coletivo a seus credores. Homologado em abril, ele tem valor total de R$ 76 milhões.
Foi acertado na CNRD que as parcelas seriam quitadas a cada três meses ao longo dos próximos seis anos.