Servidoras da Secretaria da Mulher registraram boletim de ocorrência contra o candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Júnior (Podemos), no qual acusam o vereador de difamação por “invadir” a sede da secretaria e acusar as servidoras de não trabalharem no local.
O boletim foi registrado logo depois do ocorrido, no dia 27 de outubro. Abílio entrou na secretaria e gravou vídeos supostamente contra os servidores. “É esse tipo de gente que a gente quer exonerar, porque são pessoas à toa. Quando falo que tem que tirar 3 mil servidores da Prefeitura, estou falando desse tipo de gente”, disse o vereador em um dos vídeos.
Um dos boletins de ocorrência foi registrado pela própria secretária, Elis Regina Prates. A secretária afirma no documento que Abílio não poderia entrar na sede da pasta ao menos que tivesse feito um registro via ofício. Elis relata que o vereador invadia salas e constrangia servidores presentes.
Segundo Elis, Abílio entrou pelo estacionamento da secretaria dizendo que gostaria de conhecer o local. Ao chegar, iniciou uma live no Facebook onde, de acordo com a secretária, proferiu insultos contra as funcionárias do local. A secretária diz que ouviu o vereador dizer: “Então já que vocês são tão competentes, citem 3 projetos que a secretaria fez”.
Segundo ela, era impossível responder as perguntas e questionamentos do vereador porque ele aumentava o tom de voz durante a gravação. “Como que algo vai sair aqui, olha essa sala, olha o tamanho dessa sala”, repetia Abílio. Na sequência, o vereador afirmava que a secretaria não “passa de um cabide de emprego” onde “ninguém faz nada, ninguém trabalha”.
OUTRO LADO
Em nota, a assessoria de imprensa de Abílio informou que o parlamentar não foi notificado sobre nenhuma queixa oficial de qualquer servidor. Segundo a assessoria, a ação foi legítima e ocorreu sob autorização e acompanhamento de responsável pelo órgão e que Abílio tem sua prerrogativa como parlamentar de fiscalização.
‘A assessoria assegura que a abordagem do vereador foi feita de modo pacífico, ordeiro e respeitoso, conforme pode ser nitidamente observado no próprio vídeo em que o vereador registra a fiscalização’, diz trecho da nota.
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