O custo da cesta básica em Cuiabá voltou a subir na segunda semana de julho, alcançando R$ 838,47, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT). A alta semanal foi de 0,68%, e o valor atual é 8,59% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Mesmo com a queda nos preços de sete dos 13 itens que compõem a cesta básica, o aumento foi puxado principalmente pela carne bovina, que responde por quase 35% do valor total dos alimentos avaliados.
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“O preço da carne bovina está se aproximando da sua máxima histórica de R$ 45,01, de dezembro de 2024. Preços mais elevados como esses são observados no final de ano, diante das festividades. Por isso, o patamar atual se mostra expressivo, podendo acarretar diminuição do seu consumo ou ainda na substituição por outras fontes de proteína”, alertou José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT.
Segundo o IPF-MT, o quilo da carne bovina chegou a R$ 44,45 nesta semana, após duas semanas seguidas de queda. A alta em relação à semana anterior foi de 3,13%, e o produto está 27,26% mais caro do que no mesmo período de 2024, quando o quilo custava em média R$ 34,93. A valorização pode estar relacionada à menor oferta de gado para abate, o que reduz a disponibilidade da proteína no mercado.
Outro item que voltou a subir foi o óleo de soja, após leve recuo na semana passada. O litro do produto chegou a R$ 8,26, com variação semanal de 2,26% e alta acumulada de 12,87% em 12 meses. Segundo a análise, o aumento da demanda pode ter influenciado o novo encarecimento.
Na contramão, o arroz registrou leve queda, passando de R$ 5,98/kg para R$ 5,81/kg, o que representa redução de 2,71%. A expectativa, segundo o instituto, é que a tendência de baixa continue nas próximas semanas, impulsionada pelos estoques elevados e por uma safra global recorde.
Mesmo com oscilações pontuais, o presidente da Fecomércio-MT afirma que a cesta básica segue em patamar elevado há mais de quatro meses.
“O incremento no valor da cesta básica – apesar de ser menor no comparativo com outras semanas – contribui para manter a cesta em patamar elevado, próximo de R$ 840,00. É importante ressaltar essa faixa de valor se mantém há aproximadamente 17 semanas, quando a cesta deixou de estar no intervalo de R$ 800,00 e saltou para o patamar observado atualmente”, destacou Wenceslau.
