Mato Grosso registrou saldo de 69 mil vagas de empregos entre outubro de 2020 e outubro deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Proporcionalmente, o Estado foi o maior gerador de empregos, com uma variação positiva de 9,52%. No total, foram 410 mil contratações contra 341 mil demissões.
Dentro dessas estatísticas está a universitária Lidiane Machado, que estava desempregada desde 2019 e voltou a trabalhar em agosto, como assistente administrativa em um escritório de contabilidade. O emprego veio em um momento essencial, pois seu esposo é trabalhador autônomo e foi afetado pela crise da pandemia.
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Além disso, Lidiane sentiu o arrocho no orçamento doméstico durante os últimos meses, com uma inflação de mais de 10% nos últimos 12 meses. Após quase um ano de frustração por não conseguir um trabalho, Lidiane já estava começando a se sentir impotente, mas em agosto, finalmente, conseguiu se livrar da dependência do auxílio emergencial.
“Estou muito feliz em estar de volta ao mercado de trabalho. Estive por tempos com uma sensação enorme de impotência. Estou ajudando mais nas coisas extras de casa, pude colocar meu filho numa aula de natação, minha filha no taekwondo e pretendo fazer alguma especialização ano que vem”, afirmou a estudante, que cursa o último semestre de Contabilidade.
Os números positivos sobre emprego em Mato Grosso também aparecem na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que aponta o estado com a segunda menor taxa de desocupação do país, com uma taxa de 6,6%, atrás apenas de Santa Catarina, que tem uma taxa de desocupação de 5,3%.
Assim como no restante do país, o movimento de retomada do emprego vem acompanhado de uma redução no rendimento dos trabalhadores. Conforme a Pnad, a renda média dos trabalhadores mato-grossenses saiu de R$ 2.723 no terceiro trimestre de 2020 para R$ 2.419 no terceiro trimestre de 2021, uma queda de 11,2% em apenas 12 meses. Isso representa R$ 304 a menos no bolso dos trabalhadores mato-grossenses.
Com essa redução, a massa salarial caiu de R$ 4,261 bilhões para R$ 4 bilhões, redução de 5,9%. Isso representa R$ 253 milhões a menos circulando na economia estadual.
Ainda segundo a pesquisa PNAD Continua, Mato Grosso tem 2,7 milhões de pessoas em idade para trabalhar (14 anos ou mais), sendo que 1,8 milhão estão na força de trabalho e 917 mil fora da força de trabalho. Das pessoas que estão na força de trabalho, 1,6 milhão estão ocupadas e 120 mil desempregados.