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Economia Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 07:03 - A | A

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AUMENTO DE CUSTOS

Diesel S10 tem alta de R$ 0,26 por litro e deve espremer margem dos agricultores de MT

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Em meio à colheita e prestes a iniciar o escoamento da safra de milho, o óleo diesel S10 registrou o aumento de 26 centavos no preço médio de revenda nos postos de combustíveis de Cuiabá. O derivado de petróleo é o combustível utilizado nas carretas e colheitadeiras que já estão se movimentando para a safra de milho 2024/25. Dessa forma, a alta do diesel pode afetar a margem dos agricultores, elevando ainda mais o custo de produção, que já está alto. As informações são do levantamento semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), publicado no último sábado, 24 de maio. 

No levantamento anterior, o diesel S10 estava com o preço médio de revenda de R$ 5,87, mas o litro subiu para R$ 6,13 na última semana. Além do diesel S10, o óleo diesel comum (S500) também registrou um aumento no preço de revenda, porém em ritmo menor, de 5 centavos. O litro do derivado de petróleo saiu de R$ 5,97 na semana anterior para R$ 6,02.

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A alta no preço pode estar relacionada com a grande demanda, já que os produtores rurais iniciaram a colheita do milho na última semana. Segundo o boletim mais recente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 0,31% da safra de milho já foi colhida no estado até a última semana.

O produtor rural de Itanhangá (454 km de Cuiabá), Henrick Basso, contou que o diesel é usado em todo o processo na lavoura do milho e que além de espremer a margem de lucro, a alta no combustível ainda pode encarecer o produto final devido o aumento do frete.

“Então, o preço do diesel aumentando, ele impacta em todo o setor, em toda a economia. Vai aumentar o frete, vai aumentar o custo para colher na lavoura, que também aumenta o valor do escoamento do grão. Além disso, o caminhoneiro vai querer aumentar o frete por conta do aumento do combustível. Então, não é só na parte da produção de agricultura, mas até no alimento que chega aos mercados, porque daí tem todo o processo de logística”, disse.

GASOLINA E ETANOL

Ao contrário do óleo diesel, a gasolina comum teve redução de preço e voltou ao patamar de R$ 5,98 por litro, o menor preço dos últimos seis meses. A última vez em que a gasolina esteve nesse patamar de preços foi em 24 de novembro do ano passado.

O derivado de petróleo pode ser encontrado por até R$ 6,19 nos postos mais caros, mas também é possível abastecer por R$ 5,95 por litro nas revendas mais baratas.

O litro do etanol hidratado também registrou queda, chegando a R$ 3,81 no preço médio da revenda. A última vez que o etanol registrou esse valor foi em janeiro de 2025. O maior preço encontrado em Cuiabá na última semana foi de R$ 3,89 o litro. 

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