Dollar R$ 5,49 Euro R$ 6,06
Dollar R$ 5,49 Euro R$ 6,06

Economia Terça-feira, 12 de Outubro de 2021, 07:00 - A | A

Terça-feira, 12 de Outubro de 2021, 07h:00 - A | A

EM ALTA

Apesar da alta do juros, ainda é um bom momento para comprar imóveis

Pesquisa aponta que quase 1.300 imóveis foram vendidos nos últimos três meses e especialistas do mercado preveem resultados ainda melhores

Cátia Alves

Editora-adjunta

Tirar os sonhos do papel parece ter se tornado a meta de cuiabanos e várzea-grandenses durante a pandemia, principalmente no que diz respeito à conquista da casa própria. É o que aponta uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, que constatou a venda de 1.298 unidades residenciais só no segundo semestre de 2021. Foram 159 unidades a menos que o registrado no mesmo período de 2020, mas ainda assim demonstra o otimismo no mercado imobiliário, apesar do aumento na taxa de juros.

- FIQUE ATUALIZADO: Receba nosso conteúdo e esteja sempre informado. Em nosso grupo do Whats (clique aqui

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

Desse total de vendas, o maior número de empreendimentos comercializados foram os verticais, que somam 745 unidades vendidas neste ano, seguidos por 553 unidades horizontais. Dentre os lançamentos, os residenciais verticais corresponderam a 22,5%, e os residenciais horizontais correspondem a 21,1% de lançamentos no período.

"Podemos afirmar que tínhamos um estoque de residencial horizontal para serem vendidos. Já o vertical não tinha tanto estoque. Como houve a demanda pelas unidades horizontais, foram lançados e vendidos conforme a necessidade observada durante a pandemia. Logo nos primeiros 60 dias após a notificação dos primeiros casos, observamos uma procura maior por esses empreendimentos", explica Luis Felipe Portella Alves, diretor da Remax Innova Prime - Negócios Imobiliários.

Segundo ele, apesar da diferença de estoque entre os dois modelos de residenciais, os lançamentos foram bem parecidos. "Tivemos lançamentos de condomínios fechados no ano passado e esse ano estamos vendo diversos lançamentos de prédios. O que observamos é que são parecidos, mostrando que existe demanda e procura por ambos", afirma.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso canal do Telegram (clique aqui).

Tirar os objetivos do papel aparentemente ganhou força nesses quase dois anos de pandemia. Em um ano cheio de surpresas e instabilidades econômicas e sociais, comprar um carro ou uma casa, quitar dívidas e guardar dinheiro estão entre os principais objetivos a serem alcançados. Estudo realizado pela 7waves, dona de aplicativo de gestão de objetivo de vidas, mostra que comprar um carro aparece como o principal interesse dos entrevistados em 2021, uma mudança significativa em comparação aos últimos anos, quando esse objetivo aparecia entre o 19º e o 12º lugar no levantamento.

O objetivo de comprar a casa própria aparece em 3º lugar. 8,35% dos brasileiros pretendem comprar um imóvel próprio para morar. A expectativa é que aconteça neste segundo semestre, indo na mesma direção da pesquisa que aponta esse aumento de lançamentos e vendas.

Para alcançar o sonho, percebeu-se um movimento de pessoas que tinham investimentos e que agora estão usando esses recursos para comprar um imóvel.

"Estamos percebendo que no momento há uma grande migração daqueles que tem investimentos e estão tirando esses valores de lá e investindo em imóveis. É natural esse movimento, pois a economia não está estável. Quando ela voltar a ficar estabilizada teremos a venda desses imóveis para usar o dinheiro em investimentos", explica Luis.

Segundo ele, esse é o momento ideal para se vender ou comprar um imóvel, devido à dinâmica de preços e transações no mercado.
"Temos valores equilibrados, então se a pessoa já tem um imóvel e quer vendê-lo para comprar um maior, por exemplo, tem um apartamento e quer comprar uma casa, o momento é agora", ressalta.

O QUE ESPERAR - Diante desse cenário positivo, a projeção para o próximo ano se mantém positiva. Segundo Guilherme Werner, sócio consultor da Brain, devem ser mantidos o ‘bom apetite’ do mercado e a disposição dos empreiteiros em lançar novos produtos.
“Ao longo de uma eventual voluntariedade, o principal risco é a inflação. A incerteza política não será um empecilho”, pontua.

Segundo Werner, o cenário econômico em Cuiabá e Várzea Grande é especialmente atrativo, diante da variedade e qualidade dos imóveis que estão sendo colocados no mercado.

“Boas empresas, com padrões altos para residenciais horizontais, loteamento, condomínios, disponíveis para primeira moradia ou segunda. O que percebemos também é que os produtos de alto padrão disponíveis se destacam perante outros núcleos urbanos no Brasil. Então vimos com otimismo o que foi colocado agora, pois houve uma capilaridade de lançamento”, conclui.

search