Contrariando a promessa do presidente Jair Bolsonaro, quando trocou o comando da Petrobras, a estatal realizou, na última sexta-feira (16), novo aumento no valor do diesel (10 centavos, alta de 3,7%) e na gasolina (5 centados, alta de 1,9%) nas refinarias. Uma semana antes, a estatal anunciara a redução do preço do diesel, mas a boa nova não durou sequer uma semana.
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Segundo a Petrobras, o diesel vendido nas refinarias passou a custar R$ 2,76 por litro, interrompendo uma sequência de duas reduções seguidas. Já a gasolina é comercializada a R$ 2,64 por litro. Com os novos aumentos, o diesel acumula alta de 36,6% e a gasolina 43,4% desde janeiro deste ano.
Como sempre, a estatal afirma que essa variação tem "influência limitada" na bomba. Só que, na prática, o consumidor já sentiu os efeitos da mudança. Isso porque, até chegar ao consumidor final, são acrescidos tributos federais e estaduais, custo para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustível.
Nelson Soares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindepetróleo-MT), explica que os reajustes da Petrobras vêm acompanhando a política de preço da empresa. Como o petróleo teve uma recuperação e aumentou o preço no mercado internacional, a Petrobras fez o novo reajuste.
“Esperamos que, como o dólar está num processo de queda, isso se acentue e traga o petróleo para baixo, fazendo os preços caírem um pouco nas bombas”, disse.
Etanol não escapou
Logo após o anúncio do novo aumento, os motoristas de Cuiabá perceberam outra alteração quando foram abastecer. Já neste final de semana, os postos da capital elevaram o preço do etanol, que passou de R$ 3,15 o litro para R$ 3,49, em média.
Questionados sobre esse aumento no preço do etanol, o Sindipetróleo informou que o valor do etanol em Mato Grosso é um dos menores do Brasil e que todos os produtos sofrem a influência de diversos fatores.
"Esse aumento é motivado por uma combinação de entressafra e aumento de demanda, o preço do etanol hidratado acumula aumento. Estes aumentos chegaram às distribuidoras e foram repassadas aos postos", justificou.
Abastecer com etanol se torna vantajoso quando o álcool está sendo vendido a até 70% do valor da gasolina. Com o aumento do combustível derivado de petróleo, cresce a pressão sobre o preço do álcool, devido ao aumento da demanda.