Vendedores ambulantes realizaram, nesta quarta-feira (4), um protesto em frente à sede da Prefeitura de Cuiabá, no Palácio Alencastro, em resposta à determinação do município para que desocupem o Centro Histórico da capital. A mobilização reuniu dezenas de trabalhadores que estão indignados com a medida para realocarem no Shopping Orla, no Porto, e pedem diálogo com o prefeito Abilio Brunini (PL). O prazo para que eles deixem o local termina nessa quinta-feira, 5 de junho.
Eles reclamam que o Shopping Orla seria um local "deserto" e eles pedem para ficar em qualquer calçadão do Centro.
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A prefeitura havia enviado uma notificação aos ambulantes há cerca de 30 dias, exigindo que eles deixassem a região central, onde atuam há anos. A justificativa do poder público é de que a presença dos ambulantes estaria comprometendo a mobilidade urbana, a estética do patrimônio histórico e o ordenamento do espaço público.
O presidente do Sindicato dos Camelôs, Augusto Ferreira da Silva, afirma que o grupo pretende ficar no Centro e não descartou entrar na justiça contra a decisão da Prefeitura.
"Cem por cento quer ficar aqui. Cada um aqui é dono de sua barraca, eles compram no Shopping China, eu conheço todos e não tem nada disso de que alguém comanda aqui. A reunião com o Abilio vai acontecer ainda hoje. Se não der certo hoje, vamos até o final até que dê certo para que ele olhe para essas pessoas que são pais de família e dê um jeito de colocar no lugar certo", comentou.
Os ambulantes pedem ainda um prazo de 90 dias para que a prefeitura organize um novo espaço adequado para o trabalho. O prefeito sugeriu o remanejamento dos trabalhadores para o Calçadão Antônio João, localizado ao lado da Tecelagem Avenida, nos fundos do Ganha Tempo. No entanto, a proposta não agradou os manifestantes.
“Ninguém vai à Orla do Porto, e aqui no Centro há espaço para todos. Dá para dividir: colocar 10 em um ponto, 20 em outro. Eu já estive no Shopping Orla, eu fui um dos fundadores de lá, e fiquei quatro anos sem conseguir vender quase nada. O Abílio diz que está reformando, pintando fachadas, arrumando boxes... Mas se a gente for para lá, pode esquecer. O problema não é a reforma, é a falta de movimento de pessoas. Se ele quiser agradar a todos, precisa nos deixar nessas ruas que citei. Ele tem que vir aqui, conhecer o Centro e ver com os próprios olhos como o espaço funciona”, concluiu ele.
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Diretor-presidente da Associação Comunitária de Habitação do Estado de mato Grosso (ACDHAM), Emídio Antônio de Souza, contou que não tem nenhum vereador de Cuiabá defendendo a categoria. "Todas as capitais têm vendedores ambulantes trabalhando e por que Cuiabá não vai ter? O prefeito eleito de Cuiabá abandonou esse povo... Esse prefeito Abilio precisa atender esse povo que precisa trabalhar", discursou.
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