Um terreno baldio localizado na Rua Xingu, entre os bairros Itapajé e Santa Teresinha, em Cuiabá, voltou a se transformar em um lixão a céu aberto, gerando revolta e preocupação entre os moradores da região. Segundo relatos, o local havia sido limpo pela prefeitura há cerca de um mês, mas o acúmulo de entulho reapareceu em pouco tempo.
No terreno, é possível encontrar lixo doméstico, móveis velhos, restos de materiais de construção e até carcaças de animais. A cena preocupa não apenas pelo mau cheiro constante, mas principalmente pelos riscos à saúde. Moradores relatam aumento da presença de insetos, como mosquitos e baratas, além de temerem a proliferação de doenças.
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“A gente não aguenta mais esse descaso. Tem criança aqui na rua, idosos, e ninguém fiscaliza. O pior é que muitas vezes quem joga lixo aqui nem mora no bairro”, desabafa uma moradora, que preferiu não se identificar.
Segundo os vizinhos, o descarte irregular não é feito apenas por moradores da região. Já foram flagrados veículos de empresas particulares despejando resíduos no local, o que agrava ainda mais o problema. A falta de conscientização e a ausência de fiscalização são apontadas como principais causas da reincidência.
A equipe de reportagem esteve no local na manhã desta quinta-feira, 15 de maio, e flagrou um homem revirando o lixo em busca de materiais reaproveitáveis.
Os moradores cobram medidas efetivas do poder público, como a instalação de câmeras de monitoramento, fiscalização regular e até a construção de alguma estrutura no terreno que impeça o acesso de veículos e o descarte irregular de lixo.
Em resposta ao Estadão Mato Grosso, a Secretaria Municipal de Ordem Pública enviou uma nota informando que a denúncia foi registrada e encaminhada para fiscalização.
Veja a nota na íntegra:
Nota à Imprensa
A Secretaria Municipal de Ordem Pública informa que o descarte irregular de lixo na Rua Xingu, bairro Itapajé, em Cuiabá, foi registrado sob número 30439 e posteriormente encaminhado para fiscalização.
A Pasta reforça que atua de forma contínua no monitoramento de áreas denunciadas, com apoio do Juizado Volante Ambiental (Juvam), visando o flagrante de infrações ambientais e aplicação das penalidades previstas.
As sanções a serem aplicadas sob o infrator variam conforme o tipo de resíduo descartado. Para resíduos não poluentes, a multa vai de R$ 409,00 a R$ 4.083,00, conforme a gravidade e reincidência. Já no caso de resíduos poluentes, a infração pode ser classificada como leve, grave ou gravíssima, com multas que variam de R$ 149,26 a R$ 1.014.566,53.
Veja vídeo: