Com quase 50 mortes atribuídas ao mosquito Aedes aegypti em Mato Grosso este ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) intensificou os alertas para prevenção contra o transmissor da dengue, zika e chikungunya. O período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito, deve seguir até maio, elevando o risco de novos casos em todo o estado.
De acordo com o Informe Epidemiológico nº 34 da SES, de janeiro a 18 de novembro, o estado registrou 36 mortes por dengue e 11 por chikungunya.
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No total, foram registrados 41.871 prováveis casos de dengue, 394 de zika e 20. 812 casos de chikungunya. Destes, foram confirmados 37.476 casos de dengue, 305 casos de zika e 19.776 casos de chikungunya.
Os números representam uma explosão de casos em relação ao ano anterior, especialmente em doenças como a chikungunya, que apresentou um aumento de mais de 52.000% em Tangará da Serra, de 46.391% em Cáceres e de 7.723% na Baixada Cuiabana.
REGIÕES MAIS AFETADAS
A região de Rondonópolis lidera o número de casos prováveis de dengue, com 7.962 registros, seguida por Tangará da Serra (6.608 casos) e Sinop (5.416 casos). Cáceres, que teve um aumento de mais de quatro vezes nos casos em relação a 2023, registrou 5.272 casos prováveis este ano.
A explosão de casos foi ainda maior para a chikungunya. Em Tangará da Serra, houve aumento de 52.407% no número de casos prováveis da doença. A região, que engloba 10 municípios, saiu de 14 casos em 2023 para 7.351 casos de chikungunya em 2024.
E não se trata de um caso isolado. A região de Cáceres registrou aumento de 46.391% nos casos prováveis de Chikungunya este ano, saindo de 11 casos em 2023 para 5.114 casos prováveis em 2024. Aumentos expressivos também foram registrados na Baixada Cuiabana (7.723%), Sinop (7.602%) e Rondonópolis (4.170%).
CHUVAS IMPULSIONAM ALTA
A combinação de chuvas intensas com o calor excessivo, somada ao ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue, está entre as principais causas do aumento expressivo de casos, segundo o Ministério da Saúde. Essa tendência foi observada em todo o Brasil, mas Mato Grosso tem enfrentado picos especialmente graves.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, destacou a importância de eliminar criadouros do mosquito.
“O primeiro e mais importante passo para prevenir essas doenças é dar fim aos locais que favorecem a proliferação do mosquito, pois 80% dos criadouros estão em ambientes residenciais. A população não deve deixar água acumulada em locais propícios para a criação do transmissor, ou seja, reservatórios de água, embalagens, latas, tampinhas de garrafa, lixeiras e vasos de planta destampados, que favorecem o acúmulo de água”, pontuou a secretária.
A SES também reforça a necessidade da vacinação, que está disponível em 35 municípios de Mato Grosso, mas exclusivamente para crianças de 10 a 14 anos.