A conta de luz vai pesar mais no bolso dos brasileiros neste mês de maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, no último 25 de abril, o acionamento da bandeira tarifária amarela, o que representa um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
A mudança ocorre após cinco meses de bandeira verde, período no qual as condições para geração de energia foram consideradas favoráveis. A alteração, segundo a Aneel, é resultado da redução das chuvas na transição para o período seco, o que afeta diretamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Com menor volume de água, cresce a necessidade de acionar usinas termelétricas, cuja energia é mais cara.
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A reportagem do Estadão Mato Grosso conversou com uma beneficiária do programa Tarifa Social de Energia Elétrica, que preferiu não ser identificada. Ela explicou como o aumento nesses meses impacta diretamente a renda da família.
Residente no bairro Jardim Videira, em Cuiabá, ela vive com mais três pessoas e tem uma renda familiar de um salário mínimo. Segundo ela, sua conta de luz costuma ser em torno de R$ 180, mas já chegou a pagar R$ 400 durante o período de bandeira amarela.
"Com o aumento que vai ter, com a taxa amarela, eu deixo de sair, de fazer compras, eu evito porque aumenta demais, como eu vou pagar né?! Porque eu vivo com salário mínimo."
Em vídeo enviado ao Estadão Mato Grosso, o gerente de operações da Energisa Mato Grosso, Anderson Rodrigues, alertou que, com o aumento da tarifa, é fundamental adotar hábitos de consumo consciente, especialmente no uso de aparelhos de refrigeração, como o ar-condicionado.
“A recomendação é manter a temperatura em torno de 23ºC e evitar ligar e desligar o equipamento repetidamente, o que aumenta o gasto”, orientou. Segundo ele, desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso — evitando o modo standby — pode representar uma economia de até 10% na conta de luz. O uso de lâmpadas de LED e a manutenção adequada da geladeira também contribuem para reduzir o consumo.
Veja vídeo: