O Brasil se prepara para um debate jurídico e de segurança pública com a proximidade da possível soltura de Francisco de Assis Pereira, o "Maníaco do Parque", em 2028. Sentenciado a quase 300 anos de prisão por uma série de crimes, o serial killer pode ser beneficiado pela legislação brasileira, que estabelece um tempo máximo de reclusão de 30 anos.
O promotor do caso, Edilson Mougenot Bonfim, manifestou grande preocupação com a possibilidade, baseando seu alerta em evidências científicas. “Não sou eu com opinião pessoal, é a ciência que diz isso. É unânime na psiquiatria mundial que pessoas que sofram desse transtorno de personalidade antissocial, no mais alto grau, como o dele, são incorrigíveis”, declarou Bonfim, que atuou na acusação no Tribunal do Júri.
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O promotor relembrou os desafios do julgamento, onde ele precisou explicar o conceito de “serial killer”, pouco difundido no Brasil à época. Bonfim também expressou sua preocupação com o termo “maníaco”, que ele acredita poder levar a população a pensar que o criminoso é doente e, portanto, isento de pena. A iminente soltura de Francisco de Assis Pereira traz à tona um debate crucial sobre as limitações da justiça e a segurança da sociedade diante de criminosos considerados irrecuperáveis.
Após passar 27 anos preso, Francisco conhecido como 'Maníaco do Parque', disse que irá começar outra vida, com outro nome, que seus impulsos começaram ainda na infância a partir do acesso facilitado a pornografia. Ele deverá ser beneficiado após cumprir o limite legal de 30 anos. Ele foi condenado a 208 anos por atacar 23 mulheres e assassinar 10 entre 1997 e 1998, jogando seus corpos no Parque do Estado de São Paulo, o que originou seu nome.
Um filme do "Maníaco do Parque" foi lançado em 2024. De acordo com o diretor a intenção é realizar uma reparação histórica das vítimas. O longa foi lançado no Prime Vídeo.
