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Cidades Terça-feira, 23 de Novembro de 2021, 14:34 - A | A

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SALVANDO VIDAS

Diretora do Hemocentro conta sobre a luta do único banco de sangue público de MT

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O Hemocentro de Mato Grosso (MT Hemocentro) é o único banco de sangue público do Sistema Único de Saúde (SUS) e principal responsável pelo abastecimento sanguíneo das unidades hospitalares públicas, tanto da capital quanto do interior do estado, juntamente com a Hemorrede (Unidades de Coleta e Transfusão).

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Porém, o atendimento vai muito além da simples coleta de sangue dos doadores. Foi o que explicou, Gian Carla Zanela, diretora-geral do MT-Hemocentro.

Gian Carla conta que além do MT-Hemocentro, outras 14 unidades de coleta e transfusão, espalhadas por cidades como Rondonópolis, Tangará da Serra, Sinop, Alta Floresta, Barra do Garças, barra do Bugres, Cáceres, Juína, Juara, Água Boa, Colíder, Primavera do Leste e Porto Alegre do Norte, estão aptas para atender os hospitais públicos, privados e doadores, peças principais para os bancos de sangue.

Além disso, mais de 160 profissionais trabalham na coleta, produção de bolsas e componentes de sangue.

Quando o assunto é doação de sangue, muitos pensam que se trata apenas de um serviço simples que começa na coleta, passa pelo processamento do sangue e, posteriormente, enviado para uma unidade hospitalar para transfusão de uma pessoa, mas não é bem assim que acontece.

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“Muita gente acha que um banco de sangue só é necessário quando uma pessoa perde muito sangue e precisa de uma transfusão, a exemplo de um acidente, mas não é somente nestes casos, pois sempre que falar em cirurgias eletivas ou de urgência e emergência tem que haver bolsas de sangue disponíveis para manutenção da vida, pois o sangue leva o oxigênio para todas as células do nosso corpo, sem o qual ninguém sobrevive. Os doadores para nós têm muito valor, são eles que movimentam a nossa ‘linha de produção’, onde são separados os componentes do sangue produzidos por meio da doação voluntária e altruísta, que são o concentrado de plaquetas, crioprecipitado, concentrado de hemácias e plasma, onde cada um destes componentes são utilizados para diferentes doenças e urgências”, diz a diretora.

O MT-Hemocentro distribui sangue para: Pronto Socorro Municipal de Cuiabá; Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande; Hospital Universitário Júlio Muller; Hospital Metropolitano; Hospital São Benedito; Municípios da baixada cuiabana e Regional de Diamantino, sendo retaguarda para todos os municípios do estado por intermédio das Unidades de Coleta e Transfusão e Agências Transfusionais sob sua coordenação técnica.

Outros tratamentos oferecidos pelo MT-Hemocentro

Na central do hemocentro, em Cuiabá existe um Ambulatório especializado de referência no tratamento de crianças e adultos com doenças hematológicas não-oncológicas, entre elas a hemofilia, púrpura, talassemia, aplasia medular e a anemia falciforme, visto que, segundo dados do Ministério da Saúde, Mato Grosso figura entre os estados com um número significativo de pacientes com doenças hematológicas no país.

“Mensalmente são atendidos em nosso ambulatório aproximadamente 350 pacientes com doenças hematológicas provenientes de todo o estado; muitos deles pacientes frequentes, que vem regularmente à capital para fazer o tratamento. Esse é um dos motivos pelos quais tanto os doadores de sangue quanto as parcerias com as empresas da iniciativa privada e Instituições Públicas, são de extrema importância, pois nossos pacientes dependem de transfusões de sangue regulares para seus tratamentos. Ou seja, a demanda é grande”, destacou Gian Carla.

Queda de doações na pandemia

A diretora conta sobre a dificuldade causada pela pandemia da covid-19, e que tem sido uma das preocupações de toda a hemorrede a queda no número de doações no ano de 2021.

“Antes da pandemia, tinha pessoas que vinham com frequência fazer suas doações, muitos deles nos períodos exatos de doação, que é a cada 3 meses para as mulheres e 2 meses para os homens, sendo que as mulheres podem fazer 03 doações/ano e homens 4 doações/ano. Com os reflexos da pandemia, houveram quedas significativas em 2021, sendo a pior taxa de doação dos últimos tempos registrada no mês de junho, com apenas 918 coletas – uma queda de 49%”, ressaltou Gian.

Quem pode doar?

Podem doar sangue pessoas que estejam bem de saúde, tenham peso acima dos 51 quilos, idade entre 16 e 69 anos, devem vir sempre alimentados, se vierem após o almoço devem aguardar 1 hora e evitar aporte de comida gordurosa, ingerir água e ter dormido no mínimo 6 horas na noite anterior a doação. No ato da doação, o doador deverá apresentar um documento oficial com foto (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira Nacional de Habilitação Digital, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por entidade de classe).

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