Sem filas nem as confusões habituais, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve início em Mato Grosso com o fechamento dos portões às 12h deste domingo, 21 de novembro, quando ocorre a primeira prova. Neste ano, cerca de 70 mil estudantes de Mato Grosso se inscreveram, o menor número nos últimos 10 anos. As provas serão aplicadas em 58 municípios.
A baixa adesão ao Enem não ocorre só em Mato Grosso. Em todo o país, apenas 3,1 milhões e estudantes se inscreveram para as provas que definem as vagas das universidades federais. É o pior índice nos últimos 16 anos e quase três vezes menos do que o recorde registrado em 2014, quando 8,7 milhões de estudantes participaram do exame.
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Com menos inscritos, a entrada para o exame aconteceu sem os tradicionais problemas. Há relato apenas de um estudante que chegou em cima da hora para a prova, que seria realizada em uma universidade federal da capital, e precisou se espremer sob o portão para entrar no local.
Conforme o cronograma oficial, a prova teve início às 12h30, 30 minutos após o fechamento dos portões. Neste domingo, os estudantes vão responder 90 questões de múltipla escolha, divididas entre ‘linguagens, códigos e suas tecnologias’ e ‘ciências humanas e suas tecnologias’. A prova de hoje ainda inclui uma redação, com o tema 'invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil', segundo revelou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por meio das redes sociais.
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Durante a semana, a reportagem do Estadão Mato Grosso conversou com estudantes que se inscreveram para prestar as provas neste Enem 2021. Eles falaram sobre suas expectativas para o exame e as dificuldades que enfrentaram na preparação, devido ao longo tempo de ensino remoto. Em Mato Grosso, as aulas presenciais foram suspensas em março de 2020 e só foram retomadas em agosto de 2021.
“Eu senti que o meu ensino médio foi bem fraco. Eu estava no 2º ano quando começou [o ensino à distância] e agora que estou retornando para o presencial. Sinto que ele [o ensino] falhou de alguma forma, porque a gente teve que se adaptar para algo que a gente não conhecia e os professores também não estavam bem adaptados”, relatou Gabriel Pache, 18 anos, que sonha em conquistar uma vaga no curso de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
As amigas Cíntia Guimarães e Geovana Cavalcanti, ambas de 17 anos, apostaram em um cursinho online particular para reforçar os estudos.
“Foi um ano difícil para todo mundo. A pandemia afetou muito a gente e nos estudos não foi diferente. Ficar em casa, sem ter acesso aos professores para ajudar, foi muito difícil, mas para mim foi bom para focar nas matérias que eu tenho mais dificuldade”, conta Cintia.
