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Cidades Segunda-feira, 23 de Junho de 2025, 13:22 - A | A

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“Acabou a nossa paz”, diz filha após Justiça soltar homem que arrancou coração da tia

Juiz autorizou que ele deixe hospital psiquiátrico e viva sob cuidados do pai

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

Patrícia Cosmo que é filha de Maria Zélia da Silva Cosmo, assassinada de forma brutal em 2019, em Sorriso (420 km de Cuiabá), lamentou a decisão da Justiça de autorizar a desinternação de Lumar Costa da Silva. Ele matou a própria tia a facadas, arrancou o coração da vítima e entregou o órgão à filha dela. “Acabou a nossa paz”, diz ela. 

Nesta segunda-feira (23), em entrevista ao jornalista Allan Mesquita, no Jornal da Capital 101.9 FM, Patrícia comentou com tristeza a decisão judicial que permite que Lumar deixe o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho e passe a cumprir medida de segurança em regime ambulatorial, sob os cuidados do pai, em Campinápolis, no interior de São Paulo.

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A decisão foi proferida no dia 20 de junho pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá. O magistrado determinou a transferência do caso para a comarca de Campinápolis, onde Lumar será acompanhado por autoridades locais de saúde mental.

Segundo laudos anexados ao processo, o réu apresenta um transtorno mental crônico, persistente e incurável. No entanto, os relatórios apontam que ele está em estabilidade clínica, com juízo crítico preservado, embora ainda considerado perigoso. Por isso, a Justiça impôs condições rígidas para a nova fase do tratamento: comparecimento mensal ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), proibição de sair da comarca sem autorização, de frequentar locais inapropriados e de consumir bebidas alcoólicas ou drogas.

A medida terá validade inicial de um ano, sendo necessária nova avaliação de periculosidade ao fim do período.

Internado no Adauto Botelho desde outubro de 2023, Lumar foi transferido da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como “Ferrugem”, em Sinop. 

“É medo, né? Infelizmente a gente fica com medo, a gente tem temor. A gente não sabe… na verdade, eu não sei nem o que… não sei nem como que eu vou fazer para poder fugir disso. Ainda tô processando”, disse Patrícia, visivelmente abalada.

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