O porteiro de uma escola municipal em Olinda, acostumado a lidar diariamente com os alunos, notou que alguns deles não estavam mais frequentando o local. Preocupado, Amauri Ferreira tomou para si a missão de tentar levar de volta às salas aqueles que as abandonaram. Até agora, o trabalho já resultou na volta de 12 alunos.
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“Uma criança fora da escola é um tesouro que está faltando dentro de uma caixa. Para que isso não aconteça, a gente fez uma busca para ver o que está acontecendo, o porquê de os alunos não estarem comparecendo ao colégio”, explicou o porteiro, que tem 43 anos.
Ferreira trabalha desde muito jovem e só conseguiu concluir o ensino médio quando já estava adulto. Ele sabe o valor do estudo e não se conforma em ver crianças fora das salas de aula. Há quase oito anos, o porteiro trabalha na Escola Municipal Claudino Leal, em Cidade Tabajara.
Dos cerca de 850 estudantes matriculados, 111 abandonaram os estudos e não voltaram mesmo depois que as aulas presenciais recomeçaram, no dia 13 de setembro, segundo a gestão.
Pai de quatro filhos, todos na escola, Ferreira ficou preocupado e começou uma espécie de trabalho de detetive para encontrar os alunos, já que muitas famílias mudaram de endereço ou telefone e, assim, o colégio não tinha como contatá-las.
De moto, o porteiro foi contatando vizinhos, localizando as famílias e, pessoalmente, convencendo que era preciso mandar os meninos e meninas de volta à escola.
O processo de busca ativa levou-o até a casa da estudante Maria Eduarda Ferreira da Silva e dos três irmãos dela. “A gente não estava indo para escola e não estava fazendo nada em casa. Não estava estudando e, quando ele foi lá na nossa casa, a gente voltou para a escola”, contou a garota.
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Cada aluno que retorna é comemorado pela gestão da escola, que reconhece a importância do trabalho desenvolvido por Ferreira. “É como se ele fosse uma extensão da família. Ele está aqui nos ajudando a resgatar outras famílias”, disse a gestora, Patrícia Coruso.
O porteiro garante que o trabalho não vai parar. “Uma criança fora da escola fica à mercê do mundo. A busca vai continuar. Enquanto eu estiver aqui, a busca continua”, declarou o Ferreira.