O procurador-geral da República, Augusto Aras, instaurou uma apuração preliminar sobre o envio de oficiais da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para monitorar a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP 25), realizada no ano passado, na Espanha.
Aras determinou a abertura de uma "notícia de fato", o primeiro passo após a chegada de uma denúncia ao Ministério Público.
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O Estadão revelou que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) despachou quatro agentes de Inteligência na delegação credenciada para a cúpula do clima em Madri.
Eles monitoraram integrantes da própria delegação, de organizações não governamentais (ONGs) e de países estrangeiros.
Credenciados no evento como "negociadores", os agentes tiveram amplo acesso às instalações da ONU e observaram e relataram críticas a políticas ambientais do governo Bolsonaro.
O Ministério Público Federal foi provocado pela bancada do PSOL na Câmara dos Deputados. O procedimento foi aberto no dia 20 de outubro, de acordo com dados internos da Procuradoria-Geral da República, e está a cargo do próprio gabinete de Aras.
Também acionada, a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um procedimento semelhante em 29 de outubro.