Carlos Alberto Félix da Silva, de 41 anos, morreu após ficar cinco dias em um colchão no chão de uma unidade de saúde em Natal. O homem pesava cerca de 300 quilos e teve dificuldades de encontrar uma cama no Hospital Regional de João Câmara, a 74 km da capital do Rio Grande do Norte.
Segundo informações do G1, Carlos Alberto foi transferido para o Hospital Giselda Trigueiro, onde foi reanimado depois de duas paradas cardiorrespiratórias. Na terceira, não resistiu.
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Carlos Alberto foi internado com dificuldades de respirar, lábios roxos e batimentos cardíacos fracos. O Hospital Regional de João Câmara não tinha uma cama que suportasse o peso do paciente. Por isso, o paciente ficou em um colchão no chão. O paciente foi diagnosticado com insuficiência cardíaca e radbomiólise.
Segundo a direção do hospital, a opção pelo colchão no chão foi tomada "devido à doença crônica do paciente".
O paciente deu entrada no hospital no dia 23 e ficou até o último sábado em um colchão no chão. No dia 27, a família conseguiu na Justiça o direito a um leito de UTI em um hospital em Natal, para que Carlos Alberto tivesse o tratamento adequado.
Na madrugada de sábado o paciente foi transferido para o Hospital Giselda Trigueiro. Para recebê-lo, a unidade preparou uma cama adaptada, juntando duas estruturas que aguentam até 200 quilos.
Em entrevista à TV Inter, o diretor do hospital, André Prudente, Carlos Alberto teve, pelo menos um pouco de dignidade no fim da vida. “Não estava no chão e recebeu toda a atenção e cuidado possível. Infelizmente, estava muito grave", afirmou.