O zolpidem, um remédio controlado que trata insônia, está ganhando fama nas redes sociais. O uso indiscriminado - e sem orientação médica - é um risco à saúde. Pacientes relataram alucinações depois de tomar a medicação.
“Eu tomei a medicação e me deitei. Quando eu me deitei, eu comecei a sentir fome. Eu levantei e fui pegar a comida na geladeira. Me sentei na cama e fiquei olhando o Instagram. Nisso já começam os lapsos de memória”, conta o estudante Pedro Henrique Alves, de 22 anos.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
O que aconteceu depois, o Pedro Henrique só foi descobrir no dia seguinte, quando encontrou, no celular, um vídeo que ele tinha enviado para uma amiga. “Eu sonhei que a rainha de Genóvia está vindo me pegar e eu estou indo embora. Tchau para todo mundo. Um dia eu volto, talvez não.”
Desde 2020, Pedro Henrique faz uso de zolpidem. Médicos indicam a medicação para alguns casos de insônia. E a bula é clara: o remédio não deve ser usado por mais de quatro semanas.
Pedro Henrique conta que, após tomar o zolpidem, decidiu que ia viajar... literalmente.
“Comprei dois pacotes de viagens em Buenos Aires. Cada pacote ficou R$ 4,5 mil, totalizando R$ 9 mil as duas viagens. Pela manhã, a agência de viagem me ligando. A primeira vez que eu atendi foi para perguntar se eu comprava viagens e eu reconhecia. Eu falei que não reconhecia. Depois foi um banco falando que eu tinha tentado fazer essa compra de R$ 9 mil, pedindo autorização para ligar. Nisso, eu já liguei diretamente para um agente da viagem e eu falei que eu pensava cancelar a viagem e ela veio me perguntar o motivo. Aí expliquei: não, tomei o zolpidem."
Pedro Henrique conseguiu cancelar a viagem. E a história dele viralizou. Relatos de efeitos colaterais se multiplicam na internet.