A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, nesta quarta-feira (18), o requerimento de convocação do controlador-geral do Estado, Paulo Farias Nazareth Neto, para prestar esclarecimentos sobre o relatório que originou a Operação Suserano, da Polícia Civil. A votação foi simbólica e ocorreu logo após a leitura do pedido pelo presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB).
“Quero deixar claro que não é um convite, como essa Casa costuma fazer de forma amigável aos secretários de Estado. Essa é uma convocação, porque tem muita coisa a ser explicada”, afirmou Max.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A decisão da Assembleia ocorre dois dias após o portal UOL revelar que 14 deputados estaduais, além de um prefeito e um secretário de Estado, foram citados na investigação que apura suspeitas de fraude na compra de kits agrícolas com recursos de emendas parlamentares, durante o período eleitoral. Todos os citados negam irregularidades. O prejuízo estimado aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 28 milhões.
Segundo o presidente da Assembleia, o relatório elaborado pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) teria extrapolado suas atribuições ao incluir vídeos e fotos de parlamentares em eventos políticos. Para ele, o material deveria ter sido encaminhado ao Ministério Público, especificamente ao Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), responsável por apurar possíveis ilícitos cometidos por autoridades com foro privilegiado.
“É lamentável que isso venha de um órgão que tinha muito respeito, se prestar a um trabalho como esse”, criticou Max. Ele também classificou como “inverdades” parte das informações divulgadas.
Ainda não foi definida a data em que o controlador-geral deverá comparecer à Assembleia.
VEJA VÍDEO: