O município de Juscimeira (162,5 km de Cuiabá) perdeu 46 pessoas para a covid-19 desde março do ano passado até está sexta-feira (10). O último óbito registrado no município foi de um homem, de 63 anos, no dia 3 de outubro. Com uma população estimada em 11.221 pessoas, 1.561 testaram positivo para o novo coronavírus. Desses, 1.515 se recuperaram e, no momento, a cidade não tem nenhum paciente internado ou em monitoramento.
Esses dados são motivos de orgulho para o município, e com certeza contribuíram para que a prefeitura organizasse um show com a banda Raça Negra, que levou mais de 6 mil pessoas à Praça de Eventos da cidade. Gente de todos os cantos, não só munícipes, mas do entorno do Vale do São Lourenço, região sul do Estado, compareceu em peso.
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É nítido que o evento foi organizado com as melhores das intenções, mas vai contra o que cientistas de todo o mundo vem alertando: um possível surto da ômicron (B.1.1.529), reportada por pesquisadores da África do Sul e detectada em 57 países.
Na África do Sul, onde ela foi registrada pela primeira vez, a incidência continua a aumentar, tendo sido notificados 62.021 novos casos entre 29 de novembro e 5 de dezembro - um aumento de 111% em relação à semana anterior, de acordo com o último relatório epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A nova variante é mais contagiosa e já superou os casos de outras variantes detectadas como a Alfa ou a Gama.
A Associação Mato-Grossense de Municípios (AMM-MT) emitiu uma orientação técnica para que festas de Natal e Réveillon, além do Carnaval em 2022, com aglomerações por conta da preocupação com os casos voltando a crescer no mundo. Mas parece que não chegou até lá, ou foi ignorado com sucesso.
