Uma menina de 12 anos, que vive em um abrigo institucional, é afastada do convívio com a família. Ela tem um forte desejo de ter um lar, e narra seus sentimentos e a necessidade de afeto, comum entre as crianças e adolescentes que vivem em casas de acolhimento. A partir do olhar delicado e puro da personagem, o conto “Fábrica de Palavras”, selecionado no Edital MT Nascentes, propõe uma reflexão e empatia sobre a experiência das pessoas que sofreram violência e/ou negligência doméstica. A obra será lançada em evento virtual, neste domingo (26.09), às 18h, com transmissão pelo YouTube do Teatro Experimental de Alta Floresta (Teaf).
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Escrito por Ronaldo Adriano e ilustrado pelo artista Fernando Aparecido Nunes, o livro é uma produção cultural proveniente da Lei Aldir Blanc. A obra tem 28 páginas, e tem uma linguagem voltada para adolescentes a partir de 12 anos. “Eu tinha um desejo pessoal de falar sobre essa temática, e usei várias referências para escrever, como a música O amor torna tudo novo de novo”, explica o escritor Ronaldo Adriano, que também é ator, diretor, membro do Teaf. O conto “Fábrica de Palavras” também inspira um curta-metragem, dirigido por Ronaldo, que deve ser lançado até o final deste ano.
Como forma de incentivar o debate e conhecimento sobre a temática, 800 exemplares do livro serão distribuídos para a Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça e bibliotecas comunitárias. Além disso, duas instituições de Alta Floresta, que se dedicam a abrigar crianças e adolescentes em situação de abandono ou vítimas de violência doméstica, receberão 320 livros para serem usados na arrecadação de fundos. Para o público geral, serão comercializados a preços acessíveis.
MT Nascentes
O MT Nascentes é o mais abrangente edital resultante da Lei Aldir Blanc em Mato Grosso, contemplando praticamente todas as áreas, segmentos e linguagens artísticas e culturais. Artes cênicas e visuais, literatura, música, artesanato, patrimônio histórico, infância e culturas de matrizes africanas, urbanas e LGBTIA+ foram acolhidas na seleção pública, que alcança ainda ações formativas, bibliotecas comunitárias e produções audiovisuais.
Com R$ 16,35 milhões para atender 445 projetos, o edital recebeu quase 1.200 inscrições. A maior parte das propostas puderam ser apresentadas na categoria demanda livre, ou seja, o formato de execução foi definido pelo próprio proponente. Nesses casos, só precisavam ter relação direta com a manifestação artística referenciada na categoria disputada.