Uma tradição cultural, amado por dezenas de milhares de brasileiros, presente na memória de famílias inteiras como o “programa sagrado do fim de semana”. O churrasco é sem dúvida um dos símbolos do Brasil. Mas dentro da carne podem existir perigos invisíveis que necessitam de atenção máxima, pois quando se fala de bactéria, qualquer cuidado é pouco.
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Para entender melhor os cuidados que a carne requer para não fazer mal ao organismo, o Estadão Mato Grosso conversou com o engenheiro de Alimentos, Gabriel Silva.
Não lave a carne
O costume ainda é visto em casas por aí, mas para algumas pessoas isso é uma pergunta difícil. Gabriel explica que o modo correto é “descongelar a carne a frio, deixar por um tempo descongelando na geladeira”.
“[Lavar a carne] é extremamente ruim para a qualidade nutricional da carne, com perdas bem relativas de proteínas, vitaminas e minerais presentes, favorecendo além do crescimento microbiano, as reações enzimáticas”, explica o engenheiro.
Falar de crescimento microbiano é falar de um dos maiores riscos para a saúde do ser humano, a infecção alimentar.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mundialmente, cerca de 600 milhões de pessoas adoecem por conta de intoxicação alimentar e 420 mil morrem por essa causa, anualmente.
Como qualquer carne morta, a tendência de qualquer bife, costela, lombo, file e outros cortes de carne é apodrecer. Manter a carne congelada impede esse processo, mas lavar o alimento pode deflagrar todos esses riscos biologicos.
Em contato com a água, a carne começa a produzir bactérias. “Como é o caso da campylobacter, uma bactéria que pode causar inflamação do cólon, resultando em febre e diarreia”, explica o engenheiro.
Em um cenário pior, nós temos a Salmonella, responsável por infecções alimentares e podendo levar a pessoa infectada à morte.
“A Salmonella é a bactéria que mais causa infecções alimentares.” Lembra o especialista.
A infecção das carnes pode surgir por diversos fatores, como exposição à água contaminada, utensílios sujos ou mesmo o ambiente da cozinha.
E não é só em carne bovina que devemos redobrar a atenção. Nas carnes suínas, nos pescados e nas aves, também é necessário ter total cuidado no manuseio para evitar a contaminação com bactérias mortais.
Para evitar isso, o engenheiro alimentar explica que além de descongelar a carne a frio na geladeira, "o aconselhado e sempre cozer, fritar ou assar bem para que se elimine a infecção por bactérias.”
Com essas informações, leitor, faça o seu churrasco de fim de semana na segurança.
Estagiário sob supervisão do editor Tarley Carvalho